Economia

Compromissos da área econômica serão mantidos, diz Mantega

Segundo o ministro, permanecem os compromissos de manter a inflação sob controle e a geração de empregos, com o mercado em expansão


	Mantega: "é claro que, para manter os empregos, temos de manter os estímulos aos investimentos e fortalecer as empresas brasileiras, com a expansão do mercado de capitais"
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Mantega: "é claro que, para manter os empregos, temos de manter os estímulos aos investimentos e fortalecer as empresas brasileiras, com a expansão do mercado de capitais" (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 13h43.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou, há pouco, o compromisso de fortalecer os fundamentos da economia brasileira nos próximos quatro anos.

Segundo ele, permanecem os compromissos de manter a inflação sob controle e a geração de empregos, com o mercado em expansão.

"É claro que, para manter os empregos, temos de manter os estímulos aos investimentos e fortalecer as empresas brasileiras, com a expansão do mercado de capitais. Temos que manter o sistema financeiro sólido, porque é ele que financia a expansão da economia e do consumo", afirmou o ministro, em entrevista coletiva.

De acordo com o ministro, o Brasil tem um grande desafio para conseguir retomar o desenvolvimento ante a crise internacional. "Isso só será possível se houver grande mobilização com trabalhadores e empresários, jundo com o governo, para entramos com o novo ciclo da economia brasileira", disse ele.

Mantega mostrou-se satisfeito com com a vitória da presidenta Dilma Rousseff sobre o candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno da eleição presidencial.

"Estou feliz com o resultado das eleições. Isso prova que a população está aprovando a política econômica",afirmou. Ele reconheceu que as eleições provocam volatilidade, mas ressaltou que fatores externos têm influência.

"Houve forte queda das commodities [produtos básicos com cotação internacional], e que a Bolsa de Valores foi afetada, mas, com o fim das eleições, esse cenário passa a amainar", afirmou.

Durante as eleições, os pessimistas ficam mais pessimistas e os otimistas, mais otimistas, observou o ministro. "O Datafolha [instituto de pesquisas] verificou que os brasileiros estão ficando mais otimistas com a ecocomia.

Além disso, teve a CNI [Confederação Nacional da Indústria, mostrando a melhora da expectativa do consumidor. A indústria de transformação também avançou, e isso mostra que a confiança tende a voltar. E, mais importante, a confiança do investidor externo voltou a melhorar.

Portanto, os investidores externos, que olham para o médio e longo prazos, estão mais confiantes, poque eles estão colocando o dinheiro deles no Brasil. A economia voltou a crescer, e tudo indica que continuará a crescer no terceiro e quarto trimestres", afirmou.

Perguntado sobre nomes para compor a equipe no segundo mandato de Dilma, Mantega respondeu que essa pergunta tem que ser feita à presidenta.

"Estou apresentando as políticas que devem ser adotadas, e é o que importa. Mencionei os passos que devem ser dados, mas não me cabe falar sobre os nomes", enfatizou.

Reeleita ontem (26) para mais um mandato de quatro anos, Dilma anunciou, durante a campanha eleitoral, que, se fosse vitoriosa, faria um governo novo, com uma equipe nova.

Candidata à reeleição por uma coligação de partidos liderada pelo PT, no segundo turno, Dilma ficou com 51,54% dos votos válidos, contra 48,36% de Aécio Neves, candidato de uma aliança de partidos que tinha à frente o PSDB.

Na entrevista coletiva, o ministro Guido Mantega destacou também que ainda há muita coisa a fazer até o fim deste ano para fortalecer a economia brasileira.

Segundo ele, é preciso que todos se mobilizem para caminhar rumo ao fortalecimento da economia.

Perguntado sobre novos estímulos a setores econômicos, disse que o período pós-eleitoral não é o momento adequado para anunciar tal tipo de medida.

O ministro adiantou, porém, que as medidas estão sendo estudadas e serão tomadas, mas não agora.

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