Economia

Compromisso fiscal deve melhorar confiança no país, diz FMI

A projeção do FMI é de que o Brasil cresça apenas 0,3% este ano, depois de ficar praticamente estagnado em 2014, avançando 0,1%


	Dinheiro: "A atividade econômica é anêmica", afirmou diretor de departamento do FMI
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Dinheiro: "A atividade econômica é anêmica", afirmou diretor de departamento do FMI (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 14h57.

Nova York - O compromisso da equipe econômica de Dilma Rousseff em melhorar as contas fiscais e controlar a inflação deve ajudar a melhorar a confiança no conjunto de políticas macroeconômicas do Brasil, avalia o diretor do Departamento para o Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner, que nesta quarta-feira, 21, falou com jornalistas sobre as perspectivas para a América Latina.

Mesmo após as eleições e a redução das incertezas sobre os nomes do segundo mandato de Dilma, os níveis de confiança de empresários e consumidores teimam em permanecer muito baixos no país, ressaltou Werner.

"A atividade econômica é anêmica", afirmou.

A projeção do FMI é de que o Brasil cresça apenas 0,3% este ano, depois de ficar praticamente estagnado em 2014, avançando 0,1%, um dos piores desempenhos da América Latina.

No caso específico da América do Sul, as perspectivas não são muito animadoras, avalia o diretor do FMI.

A região tem sido bastante afetada pelo fraco crescimento da economia mundial e a consequente queda dos preços das commodities agrícolas e minerais.

"Ao mesmo tempo, a região se beneficia pouco da maior expansão dos Estados Unidos."

Por isso, a previsão é de que as exportações dos países da sul-americanos cresçam em média apenas 1% em 2015.

Além disso, há problemas internos e, em meio aos baixos níveis de confiança, os empresários não investem.

Werner destaca que o investimento na América do Sul tem desacelerado a cada ano desde 2010 e deve declinar em 2015.

Na região, a previsão do FMI é de que a Argentina tenha retração de 1,3% este ano e a Venezuela encolha 7%, por conta da queda do preço do petróleo.

Pelo lado positivo, o Chile deve crescer 2,8% e a Colômbia, 3,8%.

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