Os setores de vestuário e estacionamentos tiveram quedas superiores a 90% no faturamento (Milkos/Getty Images)
Rodrigo Caetano
Publicado em 26 de março de 2020 às 17h32.
Última atualização em 26 de março de 2020 às 17h47.
As compras com cartões de crédito Elo tiveram uma queda de 50%, no dia 25 de março, em comparação com a média do mesmo dia da semana no período entre 5 de janeiro e 22 de fevereiro. No débito, a queda foi um pouco menor, de 45%. Atualmente, a carteira da Elo possui uma base de 132 milhões de cartões, das duas modalidades.
Os setores de vestuário e estacionamento são os que mais sofrem na crise, com quedas superiores a 90% no faturamento. Turismo (-83%), bares e restaurantes (-71%), lojas de departamento (-71%) e materiais de construção (-56%) também apresentam fortes reduções. Já as farmácias, com perda de 10%, e os supermercados, com queda de 1%, são os que menos sofrem.
Apesar da expectativa de um aumento no faturamento do comércio eletrônico, o levantamento mostra que também houve queda nessa modalidade, de 35%. O setor de bares e restaurantes, no entanto, foi beneficiado, com um aumento de 85% no faturamento. Os supermercados tiveram um crescimento de 17% nas compras online.
As compras com os cartões da bandeira apresentaram quedas constantes desde o dia 13 de março, quando se intensificaram os esforços de isolamento para conter a epidemia do novo coronavírus. No dia 19, as transações já apresentavam queda de quase 20% no crédito e de 10% no débito.
O setor de supermercados, por sua vez, foi na direção contrária. No dia 19, as compras nesses estabelecimentos cresceram 83% no crédito e 50% no débito. A partir dessa data, passaram a cair, chegando ao dia 25 com leve queda, considerando as duas modalidades. As farmácias experimentaram o mesmo efeito, com uma alta de 70% no crédito e 31% no débito, no dia 19, culminando com uma queda combinada de 10%, no dia 25.
A variação de faturamento diária, no crédito e no débito