São Paulo - O Banco Nacional Suíço reportou nesta sexta-feira uma perda de 50,1 bilhões de francos suíços no primeiro semestre deste ano, o equivalente a US$ 51 bilhões ou R$ 177 bilhões.
O que aconteceu? Basicamente, moeda valorizada e ouro desvalorizados.
"O resultado financeiro do SNB depende largamente dos desenvolvimentos do ouro, do câmbio estrangeiro e dos mercados de capitais. Flutuações fortes são esperadas", diz o texto divulgado.
No dia 15 de janeiro, a Suíça anunciou de surpresa que sua moeda voltaria a flutuar após 3 anos com a garantia de uma cotação mínima de 1,20 franco por euro.
A moeda é considerada muito segura e vira alvo de investidores em momentos de turbulência. Na época em que o câmbio fixo havia sido colocado em prática, a ideia era impedir que o franco se valorizasse demais, atrapalhando a competitividade do país.
Com a volta do câmbio flutuante, o franco se valorizou bastante. Foi isso que causou a perda relativa nas reservas, principalmente nos euros que haviam sido estocados para garantir a cotação fixa anterior.
Não é só o BC que está tendo que se adaptar ao franco mais forte. Uma queda das exportações fez o PIB do país cair 0,2% no primeiro trimestre e a expectativa de crescimento para 2015 foi revisada de 0,9% para 0,8% entre março e junho.
Outro baque para as reservas, ainda que menor, foi causado pela desvalorização do ouro. A Suíça tem a 7ª maior reserva do metal, que atingiu seu menor nível em 5 anos e está relativamente "barato" pela primeira vez desde a crise, de acordo com investidores.
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1. Reservas douradas
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1/20 (Cathy Yeulet/Thinkstock)
São Paulo - Você consegue imaginar o que são 8 mil toneladas de
ouro? Pois é isso que os
Estados Unidos tem em reservas do metal, mais que o dobro do segundo lugar no ranking, a
Alemanha. Isso não significa que todo este ouro esteja necessariamente em território americano: muitos países guardam seus depósitos em outros lugares ou "alugam" seus cofres para outros bancos centrais. O Brasil não entra no top 40, que também conta com alguns emergentes com o Índia e Turquia e até países quase falidos como a Venezuela. China e Japão estão no top 10, mas neles o ouro tem importância relativa menor diante de um estoque gigantesco de reservas em outros ativos como moeda estrangeira. Outros grandes donos de reservas são o
FMI (Fundo Monetário Internacional) e o
BCE (Banco Central Europeu). Se entrassem na lista, estariam no 3º e 13º lugar, respectivamente. Veja a seguir quais são os países com as 18 maiores reservas de ouro do mundo, com dados do World Gold Council compilados até março deste ano.
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2. 1. Estados Unidos
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2/20 (Scott Eells/Bloomberg)
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3. 2. Alemanha
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3/20 (Guenter Schiffmann/Bloomberg)
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4. 3. Itália
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4/20 (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)
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5. 4. França
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5/20 (Mike Hewitt/Getty Images)
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6. 5. Rússia
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6/20 (Dmitry Beliakov/Bloomberg)
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7. 6. China
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7/20 (Getty Images)
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8. 7. Suíça
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8/20 (Adrian Moser/Bloomberg)
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9. 8. Japão
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9/20 (Getty Images)
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10. 9. Holanda
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10/20 (Roel/Wikimedia Commons)
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11. 10. Índia
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12. 11. Turquia
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12/20 (Kerem Uzel/Bloomberg)
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13. 12. Taiwan
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13/20 (Getty Images)
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14. 13. Portugal
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14/20 (Mario Proenca/Getty Images)
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15. 14. Venezuela
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15/20 (Meridith Kohut/Bloomberg)
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16. 15. Arábia Saudita
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16/20 (Wikimedia Commons)
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17. 16. Reino Unido
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17/20 (Getty Images)
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18. 17. Líbano
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18/20 (Jordi Cami / Getty Images)
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19. 18. Espanha
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19/20 (Andrea Comas/Reuters)
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20/20 (Stephen Shaver/Bloomberg News)