Economia

Como a revolução dos guarda-chuvas está complicando a China

Caso os protestos continuem, o turismo e o comércio serão muito afetados e causarão um forte impacto econômico, afirma consultoria

Manifestante abaixo de guarda-chuvas, durante protestos pró-democracia em Hong Kong (Carlos Barria/Reuters)

Manifestante abaixo de guarda-chuvas, durante protestos pró-democracia em Hong Kong (Carlos Barria/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 17h23.

São Paulo - O movimento democrático de Hong Kong, também chamando de "revolução dos guarda-chuvas", tem alimentado uma crescente preocupação sobre os impactos na economia local.

O tal movimento tem ganhado força e ofuscou completamente o Dia Nacional da China nesta quarta-feira. Qualquer celebração acabou ficando em segundo plano, em meio aos protestos por toda a Hong Kong.

Por lá, bancos como HSBC, Citigroup, Bank of China e Standard Chartered chegaram a fechar temporariamente algumas agências e avisaram funcionários para trabalharem de casa ou irem para agências secundárias.

“Caso os protestos continuem, o turismo e o comércio serão muito afetados e causarão um forte impacto econômico, já que representam 10% do produto interno bruto da China”, afirma um relatório da consultoria Capital Economics, assinado por Gareth Leather.

Nos últimos anos, Hong Kong tem ganhado destaque como propulsor econômico da região, com melhoras nas condições para inovação e empreendedorismo, além do uso mais intenso das novas tecnologias por governos e empresas.

O tempo fechou

O líder de Taiwan, Ma Ying-jeou, afirmou nesta semana que a China corre o risco de prejudicar os laços com a ilha se não der uma resposta com "mão delicada" aos protestos.

A ilha tem laços econômicos extensos com a China. “Se a autoridade do continente puder lidar com esse apelo com uma mão delicada, poderá ajudar a reduzir as diferenças de pensamento entre as pessoas no Estreito de Taiwan e beneficiar as relações com o estreito", disse Ma.

No entanto, o professor de economia na Universidade de Niigata, no Japão, Ivan Tselichtchev, afirmou à agência AFP que a força de Hong Kong no ambiente financeiro global está relativamente pouco ameaçada.

"As autoridades chinesas e de Hong Kong têm poder e recursos suficientes para conter problemas significativos" disse Tselichtchev.

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