Economia

Comissária europeia mostra otimismo sobre acordo com o Mercosul

A comissária da União Europeia afirmou que as negociações do acordo de livre comércio com o Mercosul estão avançando

União Europeia: as negociações sobre acordo de livre-comércio com o Mercosul foram retomadas há dois anos (Francois Lenoir/Reuters)

União Europeia: as negociações sobre acordo de livre-comércio com o Mercosul foram retomadas há dois anos (Francois Lenoir/Reuters)

E

EFE

Publicado em 18 de abril de 2018 às 15h47.

Última atualização em 18 de abril de 2018 às 15h59.

Estrasburgo - A comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmström, afirmou nesta quarta-feira que está otimista sobre a possibilidade de fechar o acordo de livre-comércio entre União Europeia e Mercosul até junho, mas reconheceu que ainda há muito trabalho para fazer.

"Não sei se será a última rodada de negociações, mas, a cada vez que nos reunimos, ficamos ainda mais perto (do acordo)", disse Malmström em uma entrevista coletiva ao lado do vice-presidente da Comissão Europeia (CE), Jyrki Katainen.

Representantes dos dois blocos se reunirão na semana que vem em Bruxelas. O encontro não é considerado como uma rodada formal de negociação, mas buscará resolver questões de nível técnico.

Malmström indicou que as negociações continuarão nos próximos meses porque há temas, como a agricultura, nos quais ainda há "problemas pendentes". A comissária ainda disse que o acordo deve ser de "alta qualidade" para poder ser aprovado pela UE.

A comissária de Comércio declarou que está em contato com os ministros e a presidência do Paraguai. E fez questão de esclarecer que as negociações com o Mercosul não estancadas.

O Mercosul e a União Europeia negociam desde 1999 um amplo acordo de associação, que inclui um tratado de livre-comércio, mas as negociações ficaram totalmente bloqueadas entre 2004 e 2010, só sendo retomadas há dois anos.

Até o momento, os blocos já concluíram as negociações em temas como concorrência, pequenas e médias empresas, transparência, saúde, regulação, comércio e desenvolvimento sustentável, mas restam fechar partes relativas ao acesso a certos mercados e regras de origem.

 

Acompanhe tudo sobre:MercosulUnião Europeia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto