Economia

Comissão Europeia conclui que China subsidia siderúrgicas

Braço da UE concluiu que o país subsidia e pratica dumping de aço revestido com alto componente de carbono, afirmaram fontes


	Siderurgia: para compensar os subsdídios concedidos pela China a produtoras, seria preciso cobrar tarifas de até 52 por cento, afirmou a Comissão Europeia

Siderurgia: para compensar os subsdídios concedidos pela China a produtoras, seria preciso cobrar tarifas de até 52 por cento, afirmou a Comissão Europeia

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 15h19.

Bruxelas - A Comissão Europeia concluiu que a China subsidia ilegalmente siderúrgicas e quer que países-membros da União Europeia apoiem tarifas punitivas, que podem enfurecer o segundo maior parceiro comercial do bloco econômico, disseram fontes do comércio.

A conclusão atribuiria culpa à própria China, e não às companhias chinesas. A China no passado acusou a União Europeia de protecionismo e registrou suas próprias queixas contra o bloco econômico junto à Organização Mundial de Comércio (OMC).

A Comissão, braço executivo da UE, está concluindo uma investigação sobre supostos subsídios e dumping de aço revestido com alto componente de carbono --aço pintado ou coberto por plástico usado principalmente em paredes e telhados.

Em setembro, a organização impôs tarifas provisórias de 13,2 por cento a 57,8 por cento sobre os preços de produtos importados, após determinar que manufatureiros chineses estavam vendendo o produto a preços menores do que o preço de mercado.

Agora a Comissão diz que tarifas de até 52 por cento seriam necessárias para compensar subsídios estatais concedidos a produtoras chinesas, de acordo com fontes do comércio que tiveram acesso às mais recentes propostas da Comissão, sobre as quais os países-membro da UE vão votar.

A determinação não aumentaria as tarifas propostas além dos níveis já impostos porque elas já se encontram no maior nível permitido.

A Comissão apresentará sua proposta aos países-membros da UE em 30 de janeiro, com uma votação em meados de março. Os países vão determinar a possibilidade de impor tarifas definitivas, que tipicamente duram cinco anos.

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