Bruxelas - O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, advertiu nesta quarta-feira o presidente russo, Vladimir Putin, que a imposição de novas barreiras comerciais à Ucrânia contraria o compromisso alcançado para adiar a aplicação do acordo comercial entre a UE e a Ucrânia.
"Estamos muito preocupados com a recente adoção de um decreto do governo russo que propõe novas barreiras comerciais entre Rússia e Ucrânia", indicou Barroso em uma carta dirigida a Putin.
"Consideramos que a aplicação deste decreto contraria as conclusões alcançadas e a decisão de adiar a aplicação provisória do capítulo relacionado ao comércio do Acordo de Associação" assinado entre a UE e a Ucrânia, indicou Barroso.
Esta mensagem é a resposta de Barroso à carta que Putin enviou a ele em 17 de setembro. Nela, Putin pedia a renegociação do Acordo de Associação que o presidente deposto Viktor Yanukovytch havia se negado a assinar em dezembro, desencadeando uma onda de protestos que levou à crise atual.
O Acordo de Associação foi finalmente assinado pelo presidente ucraniano Petro Poroshenko no fim de junho e ratificado em setembro pelo Parlamento ucraniano e europeu, e inclui um capítulo comercial para criar uma área de livre comércio entre a UE e a Ucrânia.
Este capítulo está no centro da disputa que Moscou enfrenta com o bloco comunitário.
Segundo Moscou, ele prejudica seus interesses econômicos tanto em nível interno quanto na Ucrânia, país com o qual tem um sistema de tarifas preferenciais.
No dia 12 de setembro, UE, Rússia e Ucrânia alcançaram um acordo para adiar a implementação do capítulo comercial até janeiro de 2016.
Barroso indicou que esta decisão entra "no âmbito do processo de paz global na Ucrânia" em relação ao acordo de paz de Minsk do início de setembro.
O prazo até 2016 daria a oportunidade para prosseguir com as consultas trilaterais "sobre as preocupações expostas pela Rússia", acrescentou.
Neste contexto, o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, assinou um decreto para introduzir taxas aos produtos provenientes da Ucrânia e afirmou que entrará em vigor se Kiev adotar as cláusulas do capítulo comercial do Acordo de Associação antes de 1 de janeiro de 2016.
Em sua carta, Barroso voltou a repetir a posição antecipada na semana passada pela Comissão, que afirmou que o acordo com a Ucrânia é bilateral e, portanto, só pode ser modificado a pedido de algum dos signatários.
O presidente da Comissão também informou que "a proposta de adiar a aplicação do acordo de livre comércio está vinculada ao prosseguimento da vigência do sistema de taxas preferenciais" da Rússia com a Ucrânia.
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1. Velas e armas
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1/13 (Graham Denholm / Getty Images)
São Paulo – Na quinta-feira, o voo MH17 da Malaysian Airlines, que ia de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi derrubado enquanto sobrevoava o céu do leste da Ucrânia. Desde então, o governo central ucraniano e a Rússia trocam acusações sobre quem foi responsável pelo míssil que atingiu o avião. Veja, a seguir, as fotos do desenrolar do conflito desde a queda do avião até este domingo.
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2. Pelo chão
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2/13 (Getty Images)
As bagagens e pertences pessoais das vítimas que estavam a bordo do Malaysia Airlines voo MH17 estão espalhadas por Grabovo, na Ucrânia. Segundo relatos de correspondentes internacionais, os destroços do avião estão espalhados a até 15 km do ponto central onde está a maior parte da fuselagem.
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3. Memória saqueada
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3/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
Dinheiro, joias, objetos pessoais e até cartões de créditos das 298 vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido por um míssil na Ucrânia, na sexta-feira, estão sendo saqueados. Militantes separatistas admitem que removeram objetos, além das caixas-pretas, do local do acidente.
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4. Sem destino
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4/13 (Brendan Hoffman / Getty Images)
Hoje, um vagão de trem refrigerado com parte dos corpos dos passageiros de Malaysia Airlines vôo MH17 aguarda na estação de trem para o transporte ruma a um destino ainda desconhecido. O vôo MH17 da Malaysia Airlines viajava de Amsterdã para Kuala Lumpur quando caiu matando todos os 298 a bordo, incluindo 80 crianças.
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5. Caixa-preta
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5/13 (Getty Images)
O governo da Ucrânia disse neste domingo que interceptou conversas telefônicas entre os rebeldes pró-russos e os militares russos. Os
rebeldes admitiram hoje podem estar com a caixa-preta e prometeram entregar caixas pretas do voo malaio à Organização da Aviação Civil Internacional.
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6. Represália Europeia
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6/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
De
acordo com o WSJ, os líderes europeus ameaçaram impor sanções mais duras contra a Rússia, em decorrência da queda do voo MH17, sem deixar ainda claro o que pode acontecer em represália. Os chanceleres da União Europeia se reunirão em Bruxelas nesta terça-feira para decidir o que fazer, mas há uma grande chance que ativos na Europa construídos por empresários russos, bem como as de empresas originárias do país, possam ser congelados.
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7. Maioria holandesa
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7/13 (Graham Denholm / Getty Images)
A maioria das 298 pessoas a bordo do voo MH 17 era de nacionalidade holandesa. Entre as vítimas havia 154 passageiros holandeses, 27 australianos, 23 malaios, onze indonésios, seis britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos e um canadense no voo. "As famílias querem enterrar seus parentes", declarou ministro do Exterior holandês, Frans Timmermans. Um grupo de 15 especialistas holandeses foi enviado ao local da tragédia para identificar os corpos.
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8. Domingo de homenagem
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8/13 (Christopher Furlong / Getty Images)
Velas em memória das vítimas foram acesas durante uma missa especial na Igreja de Saint Vitus em Hilversum, Holanda, nesta manhã. Três famílias da cidade morreram no acidente. Por todo o país o domingo foi marcado por homenagens às vitimas da tragédia, lembradas em cultos, eventos esportivos e oficiais e no aeroporto Schiphol de Amsterdã, de onde o avião partiu na última quinta-feira.
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9. Em busca da cura
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9/13 (Graham Denholm / Getty Images)
Um participante da 20ª Conferência Internacional de AIDS que acontece hoje em Melbourne, Austrália, amarra uma fita vermelha em homenagem daqueles que perderam suas vidas no voo MH17. Pelo menos seis enviados estavam no avião rumo ao encontro dos maiores especialistas em busca da cura para a doença.
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10. EUA diz que sabe
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Os
Estados Unidos detectaram o lançamento de um míssil antiaéreo e observou sua trajetória na quinta-feira passada, quando o avião da Malaysia Airlines caiu, supostamente atingido, no leste da Ucrânia, afirmou neste domingo o secretário de Estado, John Kerry. O presidente Barack Obama já hava dito que tudo apontava para que o avião tivesse atingido por rebeldes pró-russos. 'Sabemos, com certeza, que durante o último mês houve um fluxo de armamento, um comboio de uns 150 veículos incluídos transporte de pessoal, lança mísseis, artilharia, da Rússia para o leste da Ucrânia', disse ele.
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11. Artigo editado
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11/13 (Getty Images)
O imbróglio da Ucrânia e Russia chegou à web. Primeiro, um computador de Kiev, capital da Ucrânia,
editou o artigo em russo para "acidentes de aviação comercial" colocando a culpa da queda em "terroristas da auto-proclamada República Popular de Donetsk com mísseis de sistema Buk, que os terroristas receberam da Federação Russa". Menos de uma hora depois, alguém com um endereço de IP russo mudou o texto para "o avião foi abatido por soldados ucranianos".
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12. Duas tragédias no ano
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12/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
Depois de ter um avião desaparecido nos ares em março, nesta quinta-feira, o Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines com 295 passageiros a bordo caiu na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, sem deixar sobreviventes. A
companhia já apresentava uma operação deficitária antes disso, suportada por verbas governamentais e que degringolava cada vez mais pela imagem afetada com a tragédia. Agora deve ter de enfrentar processos movidos por pessoas de vários países.
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13. Agora, veja quais são os exércitos mais poderosos
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13/13 (Bradley Rhen / US Army / Wikimedia Commons)