Economia

Comércio do RJ deve perder R$ 1 bi se Brasil for à final da Copa

Cerca de 50% do faturamento é perdido no estado fluminense durante os jogos da seleção brasileira na Copa

Brasileiros comemoram gol de Juan na vitória de 3 a 0 sobre o Chile: durante os jogos do Brasil, comércio fecha mais cedo, gerando queda nos ganhos (.)

Brasileiros comemoram gol de Juan na vitória de 3 a 0 sobre o Chile: durante os jogos do Brasil, comércio fecha mais cedo, gerando queda nos ganhos (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - O comércio do Rio de Janeiro está deixando de vender cerca de 50% do faturamento nos dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo da África do Sul.

Segundo o presidente do Clube dos Diretores Lojistas (CDL), Aldo Gonçalves, a situação se agrava em dias que resultam em feriado prolongado, como as sextas e segundas-feiras. "As lojas fecham mais cedo e não vão reabrir. Só os shoppings que reabrem. E, mesmo assim, o movimento é muito fraco."

De acordo com Gonçalves, a queda representa um faturamento de R$ 100 milhões, uma vez que um dia normal de movimento para o comércio resulta, em média, em vendas em torno de R$ 200 milhões. Ele ressaltou, porém, que uma parte do comércio está vendendo bem, referindo-se ao varejo de produtos mais baratos, relacionados diretamente com a Copa, entre eles camisetas, cornetas e bandeiras.

"Essa turma está contente com a Copa. Mas, é uma parcela pequena". Nesse caso, se enquadram os lojistas do maior shopping a céu aberto da América Latina, a Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara).

O diretor da Associação Comercial do Rio, Daniel Plá, afirmou que as partidas do Brasil na Copa estão prejudicando muito o comércio. "Se o país for à final, a gente está falando em torno de R$ 1 bilhão no estado do Rio em perdas para o comércio."

Desse total, um terço seria de perdas irrecuperáveis, disse Daniel Plá. Isso envolve principalmente os bares e restaurantes do centro da cidade e a chamada "compra de impulso", feita pelas pessoas que passam em frente à vitrine e resolvem fazer uma compra, explicou. O diretor acrescentou que "quem vai ganhar com isso tudo são os bancos, porque o comerciante está tendo que pegar dinheiro emprestado".

Para Daniel Plá, somente no município do Rio de Janeiro, as perdas irrecuperáveis no comércio representam, por jogo do Brasil, R$ 35 milhões.

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