Exportações China (Waitforlight/Getty Images)
Agência
Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 14h32.
O comércio exterior da China atingiu um novo recorde em 2024, com o saldo da balança comercial chegando a 43,85 trilhões de yuans (aproximadamente US$ 5,9 trilhões), um crescimento de 5% em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados pela Administração Geral das Alfândegas. As exportações cresceram 7,1%, alcançando 25,45 trilhões de yuans, enquanto as importações subiram 2,3%, somando 18,39 trilhões de yuans. Com esses resultados, a China manteve sua posição como maior comerciante global de bens, fortalecendo parcerias com mais de 150 economias ao redor do mundo.
O vice-chefe da Administração Geral das Alfândegas, Wang Lingjun, afirmou que o crescimento do comércio em 2024, de 2,1 trilhões de yuans, equivale ao volume anual de uma economia de médio porte.
O comércio com países da Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI) avançou 6,4%, representando mais de 50% das transações comerciais da China pela primeira vez. A relação com a ASEAN registrou crescimento pelo nono ano consecutivo, mantendo ambos como principais parceiros comerciais pelo quinto ano seguido. Já o comércio com países do BRICS cresceu 5,5%.
As relações econômicas com a União Europeia continuaram sólidas, com crescimento de 1,6% no comércio bilateral. Já com os Estados Unidos, o comércio aumentou 4,9%, refletindo o desempenho geral do comércio chinês. A China importou produtos agrícolas, energia, medicamentos e aeronaves dos EUA, enquanto exportou vestuário, eletrônicos e eletrodomésticos, consolidando benefícios mútuos.
A expansão das exportações chinesas foi impulsionada por novos produtos, modelos de negócios inovadores e marcas emergentes. Entre os destaques:
Produtos mecânicos e elétricos cresceram 8,7%, representando 59,4% do total exportado. O **comércio eletrônico transfronteiriço** também se destacou, alcançando 2,63 trilhões de yuans, um aumento de 1 trilhão de yuans em comparação com 2020.
Apesar do desempenho positivo, desafios como medidas protecionistas globais e incertezas econômicas exigem que as empresas chinesas diversifiquem mercados e invistam em fábricas no exterior. Políticas implementadas desde o final de 2023 fortaleceram a base para esse crescimento, como a expansão de zonas-piloto de comércio e a otimização do comércio eletrônico transfronteiriço.
Wang Lingjun rebateu acusações ocidentais de “excesso de capacidade” na indústria chinesa, afirmando que o setor manufatureiro do país continua altamente competitivo e essencial para a estabilidade das cadeias globais de produção. Segundo ele, essas alegações refletem uma tentativa protecionista de conter o desenvolvimento da China.
No final, Wang destacou que o crescimento das exportações foi impulsionado pela demanda global e pela inovação das empresas, tornando infundadas as preocupações com excesso de capacidade.
Fonte: Global Times