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Comércio exterior brasileiro fecha 2024 com superávit de US$ 74,5 bilhões, segundo maior da história

Em dezembro, o resultado foi de um saldo positivo de US$ 4,8 bilhões

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Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 15h44.

Última atualização em 6 de janeiro de 2025 às 15h44.

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A balança comercial brasileira fechou 2024 com um saldo positivo de US$ 74,5 bilhões, conforme divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado reflete US$ 337,03 bilhões em exportações e US$ 262,4 bilhões em importações, consolidando-se como o segundo maior superávit da série histórica.

O superávit ocorre quando as exportações superam as importações. Caso contrário, é registrado um déficit.

Segundo Tatiana Prazeres, secretária-executiva de Comércio Exterior do MDIC, 2024 foi um ano de forte desempenho das exportações brasileiras, apesar de uma leve queda de 0,8% em relação ao ano anterior. Em contraste, as importações cresceram 9%, o que contribuiu para a redução de 24,6% no saldo em relação a 2023, que somou um recorde de US$ 98,9 bilhões.

A corrente de comércio, soma de exportações e importações, atingiu US$ 599,5 bilhões, também o segundo maior resultado histórico.

Perspectivas para 2025

As estimativas do MDIC apontam que o superávit comercial em 2025 deve ficar entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões. As exportações devem variar de US$ 320 bilhões a US$ 360 bilhões, enquanto as importações podem alcançar entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões.

Destaques dos principais produtos exportados e importados

Entre os produtos de destaque na balança comercial de 2024, o óleo bruto de petróleo teve alta significativa, enquanto a soja apresentou queda:

  • Óleos brutos de petróleo: US$ 44,84 bilhões (+5,2%)
  • Soja: US$ 42,94 bilhões (-19,4%)
  • Minério de ferro: US$ 29,84 bilhões (-2,4%)
  • Açúcares e melaços: US$ 18,63 bilhões (+18,1%)
  • Óleos combustíveis: US$ 11,69 bilhões (+3,9%)

Nas importações, o maior valor registrado foi de óleos combustíveis, enquanto veículos automóveis de passageiros tiveram o maior crescimento percentual:

  • Óleos combustíveis: US$ 15,19 bilhões (-12,3%)
  • Adubos e fertilizantes: US$ 13,56 bilhões (-7,2%)
  • Válvulas termodinâmicas: US$ 8,96 bilhões (-1,5%)
  • Motores e máquinas não elétricos: US$ 8,46 bilhões (-28,9%)
  • Veículos automóveis de passageiros: US$ 8,29 bilhões (+43,2%)
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