Coreia do Norte: para a China, os dados não são evidência para questionar sua conduta quanto a cumprir as sanções da ONU contra a Coreia do Norte (Denis Balibouse/Reuters)
AFP
Publicado em 13 de julho de 2017 às 09h51.
O comércio entre China e Coreia do Norte cresceu 10,5% no primeiro semestre, informaram nesta quinta-feira as autoridades chinesas, no momento em que os Estados Unidos pressionam Pequim sobre as sanções internacionais contra Pyongyang.
As exportações da China para seu vizinho cresceram 29,1%, enquanto as importações caíram 13,2%, precisou o porta-voz da administração de alfândegas, Huang Songping.
Segundo o funcionário, Pequim cumpre com o plano de sanções da ONU contra Pyongyang por seu programa nuclear.
"Um acúmulo de dados não pode ser utilizado como evidência para questionar a severa conduta da China na hora de cumprir com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU", explicou o funcionário à imprensa.
A tensão regional tem se agravado desde que a Coreia do Norte testou um míssil balístico intercontinental.
A China é o principal aliado da Coreia do Norte e Washington está cada vez mais frustrado com o que parece ser a impossibilidade de Pequim de garantir a imposição das sanções.
No encontro entre o presidente americano, Donald Trump, com seu homólogo chinês, Xi Jinping, durante a reunião do G20 em Hamburgo, o líder americano disse que "é preciso fazer algo" para deter os norte-coreanos.
"As sanções do Conselho de Segurança não são uma proibição total" para as importações e exportações, argumentou Huang, acrescentando que o comércio relacionado ao sustento da população está isento.