Caminhão estaciona para ser carregado com soja em uma fazenda na cidade de Primavera do Leste, no Mato Grosso (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2014 às 20h36.
São Paulo - A comercialização de soja de Mato Grosso na temporada 2013/14 avançou para 69,6 por cento da safra no maior produtor brasileiro da oleaginosa, segundo boletim mensal divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Apesar do avanço nos negócios de 7,7 pontos percentuais na comparação com o dado divulgado em fevereiro, as vendas de soja no Estado nesta temporada estão mais lentas em relação ao mesmo período do ano passado.
Mais recentemente, os negócios reduziram o ritmo em meio a reduções nas previsões de colheita do país em função do tempo adverso.
Em março de 2013, a comercialização da safra 2012/13 de Mato Grosso estava em 75,9 por cento do total.
O valor médio das vendas registradas no último levantamento do Imea foi de 53,46 reais por saca, o maior preço médio de comercialização da safra.
"O que eleva também o preço médio ponderado, que passou para 46,85 reais/saca, com pouco menos de 1/3 da produção 2013/14 de soja ainda a ser comercializada em Mato Grosso", disse o Imea em nota.
De acordo com o instituto ligado aos produtores, o tempo melhorou e permitiu um avanço da colheita na semana passada para 71,4 por cento da área, em ritmo ligeiramente atrás da temporada passada para esta época.
A safra total de soja de Mato Grosso é estimada em um recorde de 26,89 milhões de toneladas.
Milho
Em relação às vendas de milho da temporada 2013/14 de Mato Grosso --em etapa final de plantio no Estado-- o Imea registrou negócios para apenas 5,4 por cento de sua produção esperada, o equivalente a 912 mil toneladas, o que indica atraso ante a temporada passada.
"Até fevereiro de 2013 cerca de 3,57 milhões de toneladas da safra 2012/13 já se apresentavam comprometidas, o que demonstra as grandes incertezas em torno do mercado do milho atualmente, afetando os negócios da temporada atual." (Por Roberto Samora)