Tanque de combustível: no IPC de dezembro, que teve alta de 0,68%, o destaque também ficou com os combustíveis (Adam Berry/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 10h41.
Rio - Apesar de o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de dezembro ter se posicionado em patamar idêntico ao de novembro, com alta de 0,44%, os indicadores que o compõem tiveram comportamento distinto do verificado no mês passado.
Além disso, o reajuste dos combustíveis no fim de novembro passou a representar uma importante influência positiva, como apurou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Nos preços do atacado, a taxa de 0,38% no último mês do ano cedeu um pouco ante os 0,40% no IGP-10 de novembro, mas muito influenciado por um alívio nas matérias-primas brutas, que tiveram alta de 0,80% (ante +1,32% no mês passado).
Contribuíram para a desaceleração do grupo os itens minério de ferro (que passou de 4,04% em novembro para 0,71% em dezembro), aves (de 0,78% para -5,31%) e suínos (de 11,25% para -2,53%).
Em sentido inverso, os itens agrícolas seguraram um recuo maior na taxa. O milho (em grão) subiu 5,97%, contra queda de 0,91% no mês passado. Também aceleraram a soja (de 1,47% para 3,39%) e o café (de -8,89% para -1,70%).
O recuo do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) só não foi maior porque os bens intermediários e os bens finais aceleraram na passagem do mês. Os intermediários saíram de queda de 0,07% para alta de 0,24%, puxados pelo item combustíveis e lubrificantes para a produção (+1,29%, contra +0,05%). Nos finais, a aceleração de 0,07% para 0,15% também foi puxada pelos combustíveis (que passaram de 0,29% para 1,63%).
Consumidor
No Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de dezembro, que teve alta de 0,68%, o destaque também ficou com os combustíveis. A gasolina apresentou avanço de 0,85%, ante queda de 0,52% em novembro. Com isso, o grupo transportes acelerou de 0,06% no mês passado para alta de 0,41% neste mês.
Outros quatro grupos apresentaram acréscimo nas taxas de variação: Habitação (de 0,66% para 0,73%), Vestuário (de 0,50% para 0,80%), Comunicação (de 0,68% para 0,72%) e Despesas Diversas (de 0,59% para 0,98%). Em habitação, a maior contribuição veio da tarifa de eletricidade residencial (de 1,12% para 2,22%), enquanto nas despesas diversas o destaque foi o item cigarros (de 0,72% para 1,80%).
Em contrapartida, três classes de despesa desaceleraram: Alimentação (de 1,06% para 0,92%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,59% para 0,44%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,50% para 0,48%).
Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou em dezembro alta de 0,26%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,32%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou avanço de 0,20%, contra 0,52% no mês anterior. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,32%, contra 0,14% em novembro.