Economia

Com produção de gás, Bacia de Santos supera Campos pela 1ª vez

Produção de Santos ultrapassou em julho à de Campos, historicamente a principal bacia produtora do Brasil que completa 40 anos em 2017

Bacia de Santos: contando também a produção de gás natural, que atingiu um recorde no Brasil em julho, Santos passa a ser protagonista na indústria petrolífera (Mário Rofrigues/VEJA São Paulo/VEJA)

Bacia de Santos: contando também a produção de gás natural, que atingiu um recorde no Brasil em julho, Santos passa a ser protagonista na indústria petrolífera (Mário Rofrigues/VEJA São Paulo/VEJA)

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Reuters

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 14h36.

São Paulo - A produção de petróleo e gás da Bacia de Santos superou a da Bacia de Campos pela primeira vez em julho, atingindo em média 1,522 milhão de barris de óleo equivalente ao dia (boe/d), de acordo com dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta segunda-feira.

Em junho, a produção de Santos já havia se aproximado à de Campos, historicamente a principal bacia produtora do Brasil que completa 40 anos em 2017, em meio ao crescimento da extração no pré-sal. Campos produziu, ao todo, 1,427 milhão de boe/dia em julho.

Considerando somente a produção de petróleo, Campos ainda lidera a extração no país, com 1,285 milhão de barris ao dia, ante 1,173 milhão de barris/dia em média de Santos. Essa situação, porém, deve ser invertida ainda este ano, disseram à Reuters especialistas, ao final do mês passado.

Contando também a produção de gás natural, que atingiu um recorde no Brasil em julho, Santos passa a ser protagonista na indústria petrolífera, após o pré-sal ter superado o pós-sal em junho no país, também pela primeira vez.

A produção de gás da Bacia de Santos somou 55,378 milhões de metros cúbicos por dia em média em julho, ou quase a metade do total produzido no Brasil, ante 22,563 milhões de metros cúbicos registrados em Campos.

O Brasil produziu em julho 115 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) de gás, superando os 111,8 milhões de metros de dezembro de 2016, a marca histórica anterior.

O volume produzido em julho representou um aumento de 3,5 por cento em relação ao mês anterior e de 7,3 por cento em relação a julho de 2016.

Petróleo

A produção de petróleo no Brasil em julho somou 2,623 milhões de barris por dia, informou ANP nesta segunda-feira, o que representa queda de 1,9 por cento na comparação com junho, mas expansão de 1,5 por cento ante julho do ano passado.

"A redução em relação a junho se deve, principalmente, à parada programada da plataforma P-58, que opera na área denominada 'Parque das Baleias' (áreas de desenvolvimento de Jubarte, Baleia Azul, Baleia Franca e Baleia Anã)", disse a ANP.

A produção total de petróleo e gás natural no país foi de aproximadamente 3,346 milhões de barris de óleo equivalente por dia, ante 3,374 milhões em junho.

Já a produção do pré-sal em julho totalizou aproximadamente 1,613 milhão de barris de óleo equivalente por dia, uma redução de 4,3 por cento em relação ao mês anterior. Oriunda de 80 poços, a extração de petróleo na área somou 1,293 milhão de barris de petróleo por dia, enquanto a de gás natural atingiu 51 milhões de metros cúbicos por dia.

A produção do pré-sal correspondeu a 48,2 por cento do total produzido no Brasil, segundo a agência.

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