Economia

Com meta, há preocupação com dificuldade sobre previsão de resultado fiscal, diz Campos Neto

Presidente do Banco Central apontou que cenário global é marcado por incertezas e apresentou dúvidas sobre a desinflação

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Pedro França/Agência Senado/Flickr)

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Pedro França/Agência Senado/Flickr)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 9 de novembro de 2023 às 14h49.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que há preocupação sobre a dificuldade de as pessoas quantificarem os resultados fiscais do Brasil em caso de mudança da meta já estabelecida. Segundo ele, o País teve avanços nesta direção com a aprovação do arcabouço fiscal, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem trabalhado muito na condução do fiscal.

"Foi feito um trabalho muito importante, de estabelecer um novo arcabouço fiscal no primeiro ano", disse Campos Neto, durante o evento Reuters Next, realizado em Nova York. "Sobre a mudança da meta fiscal, para nós a preocupação é que as pessoas tenham mais dificuldades de prever os resultados fiscais", acrescentou.

De acordo com o presidente do BC, a razão que preocupa a autoridade é o impacto da situação fiscal do País na política monetária. "As variáveis são importantes para a nossa tomada de decisão. A forma como o fiscal impacta é importante para nós, para a economia", reforçou Campos Neto.

Ele disse que o cenário global e externo é marcado por incertezas e repetiu que é difícil saber de onde virá a desinflação.

Conforme Campos Neto, o Brasil teve visão diferente durante a pandemia uma vez que já enfrentava desafios. Desde então, tem aprovado várias reformas. Ele citou a tributária, aprovada na quarta-feira no Senado. "O Brasil foi o único país que aprovou reformas durante a covid-19 e continua", disse.

Acompanhe tudo sobre:Roberto Campos NetoNovo arcabouço fiscal

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo