BCE: inflação na zona do euro atingiu máxima de três anos no mês passado, a atividade industrial está acelerando e os indicadores de confiança estão se firmando (Krisztian Bocsi/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 08h17.
Frankfurt - Com o crescimento e a inflação na zona do euro acelerando lentamente o ritmo, o Banco Central Europeu (BCE) deve argumentar nesta quinta-feira que sua postura de política monetária ultra-frouxa ainda é necessária para manter a recuperação no curso.
O BCE deve deixar inalterada a política monetária e manter a promessa de estímulo prolongado, tendo prorrogado seu programa de compra de títulos no mês passado.
O presidente do BCE, Mario Draghi, pode argumentar que o banco fez sua parte para recompor o crescimento, mas também vai destacar que a recuperação ainda não se sustenta sozinha, dizendo que a inflação é fraca e que o risco político de eleições pesa sobre as perspectivas.
A inflação atingiu máxima de três anos no mês passado, a atividade industrial está acelerando e os indicadores de confiança estão se firmando, o que indica um crescimento sólido no fim do ano passado.
Entretanto, o cenário básico é misto, dando a Draghi vários argumentos para rebater as críticas, particularmente da Alemanha, principal adversário da política do BCE.
A inflação ainda é metade da meta do BCE de 2 por cento e a alta se deve principalmente aos preços mais elevados do petróleo, enquanto o cenário básico para os preços continua perigosamente fraco.
O BCE anuncia sobre decisão sobre a política monetária às 10:45 (horário de Brasília) e Draghi fala à imprensa às 11:30.