Economia

Com coronavírus, varejo perdeu R$ 86,4 bilhões ante 1 ano atrás, diz CNC

Com 80% dos estabelecimentos comerciais fechados, perdas mais expressivas foram em segmentos varejistas especializados na venda de itens não essenciais

Crise econômica: Sul e sudeste concentraram 70% das perdas de receita do varejo entre março e abril (Mario Tama/Getty Images)

Crise econômica: Sul e sudeste concentraram 70% das perdas de receita do varejo entre março e abril (Mario Tama/Getty Images)

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AFP

Publicado em 30 de abril de 2020 às 14h39.

Com as medidas para conter o avanço da pandemia de covid-19, em cinco semanas, de 15 de março a 18 de abril, o comércio varejista perdeu R$ 86,4 bilhões em faturamento, mostra estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A perda se refere à queda do faturamento nesse período, quando comparado com igual período de 2019 - o valor de 2020 está 39% abaixo do verificado em 2019. Diante da crise, a CNC estima que 2,2 milhões de vagas de trabalho no comércio poderão ser fechadas nos próximos três meses.

Segundo a entidade, decretos estaduais e municipais fecharam até 80% dos estabelecimentos comerciais em vários Estados.

O estudo da CNC mostra que, no período analisado, as perdas mais expressivas se concentraram nos segmentos varejistas especializados na venda de itens não essenciais, com perda de R$ 78,27 bilhões.

Alimentos e medicamentos, segmentos que respondem por 37% do varejo brasileiro, perderam menos em termos de faturamento (queda de R$ 8,13 bilhões), na comparação com o ano passado.

As regiões Sul e Sudeste concentraram 70% das perdas de receita do varejo no período. Em números absolutos, São Paulo foi o Estado que mais perdeu: R$ 26,58 bilhões. Minas Gerais (R$ 6,90 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 6,63 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 6,55 bilhões) e Santa Catarina (R$ 6,26 bilhões) fecham a lista dos cinco Estados que mais apresentaram queda de faturamento.

Em termos relativos, no entanto, destacam-se as quedas no Piauí (-49,6%), Ceará (-49,3%) e Santa Catarina (-46,8%), informou a CNC.

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