Economia

Colheita de soja em MT começa acelerada

Primeiro levantamento para a colheita da nova temporada aponta uma aceleração nos trabalhos de 1 ponto percentual ante o início de janeiro de 2013


	Soja: região mais avançada na colheita é o oeste de Mato Grosso, onde 8,4 por cento da safra estão colhidos, contra 2,3 por cento um ano atrás
 (Divulgação)

Soja: região mais avançada na colheita é o oeste de Mato Grosso, onde 8,4 por cento da safra estão colhidos, contra 2,3 por cento um ano atrás (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 13h40.

São Paulo - A colheita da soja precoce começou acelerada em Mato Grosso nesta safra 2013/14, enquanto os primeiros produtores do Paraná iniciaram os trabalhos nesta semana.

A colheita de Mato Grosso, principal Estado produtor, já atinge 1,9 por cento da área plantada, 1 ponto percentual à frente do registrado um ano atrás, informou nesta sexta-feira o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em seu primeiro levantamento da nova temporada.

A região mais avançada na colheita é o oeste de Mato Grosso, onde 8,4 por cento da safra estão colhidos, contra 2,3 por cento um ano atrás.

A região do município de Sapezal, importante produtor, por exemplo, já colheu 12 por cento da área plantada.

Houve uma ênfase para a soja precoce este ano, com muitas lavouras sendo semeadas já nos primeiros dias do período autorizado de plantio, mesmo sem as chuvas ideais, segundo o Sindicato Rural de Sapezal.

"A chuva no início é irregular, e a germinação foi irregular", disse o presidente da entidade, Claudio Scariot. "Na próxima segunda-feira tem bastante gente começando a colher. Já são talhões muito melhores. Essa soja está atingindo a média (de produtividade) que a gente planeja." Segundo o agricultor, ao fim de fevereiro, praticamente não haverá mais soja para ser colhida na região de Sapezal.

A consultoria AgroConsult estima que praticamente toda a área de expansão de soja desta safra no Brasil, equivalente a 8 milhões de toneladas, tenha sido semeada com soja de ciclo precoce.


O Imea estima que os agricultores de Mato Grosso tenham plantado 8,3 milhões de hectares de soja, 4,8 por cento acima da temporada anterior.

A Companhia Nacional de Abastecimento estimou na quinta-feira que a safra brasileira de soja vai atingir o recorde de 90,33 milhões de toneladas, 11 por cento acima da temporada anterior.

Paraná e Rio Grande do Sul

No Paraná, segundo principal produtor de soja do país, já há alguns registros de colheita nesta semana, disse nesta sexta-feira o Departamento de Economia Rural (Deral), ligado ao governo do Estado.

No relatório mais recente, referente à semana passada, ainda não havia registros de colheita, mas 95 por cento das lavouras estavam em condições boas.

"Os primeiros relatos de colheita escutamos nessa semana. De uma forma geral, a safra é muito boa", disse à Reuters o economista do Deral, Marcelo Garrido.


Dezembro foi um mês de chuvas abaixo do esperado no Paraná, o que poderia reduzir a produtividade de algumas lavouras, especialmente as plantadas mais cedo, disse ele, ressaltando que as chuvas voltaram ao Estado na virada do ano.

"Uma perda pontual, aqui ali, é natural, mas no todo, as áreas que foram plantadas mais tarde devem compensar essas perdas da soja precoce, se elas vierem a ocorrer." Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, terceiro principal Estado produtor, 88 das plantações ainda estão nas fases iniciais, de germinação e desenvolvimento vegetativo, disse nesta sexta-feira a Emater/RS, em relatório.

"A estiagem ocorrida em fins de dezembro não ocasionou perdas significativas na cultura, apenas atrasou o desenvolvimento vegetativo das plantas e o retorno das chuvas trouxe tranquilidade para os sojicultores", disse o órgão de assistência rural, vinculado ao governo estadual.

Atualizado às 14h39

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaCommoditiesMato GrossoSojaTrigo

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto