Economia

CNI critica aumento da taxa de juros pelo governo

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vê na medida prejuízos para o setor da indústria

O gerente executivo de política econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco: para Castelo Branco, se o ciclo de alta dos juros se prolongar, deverá trazer impacto para o setor de serviços e refletir também na valorização do câmbio. (Elza Fiúza/ABr/Agência Brasil)

O gerente executivo de política econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco: para Castelo Branco, se o ciclo de alta dos juros se prolongar, deverá trazer impacto para o setor de serviços e refletir também na valorização do câmbio. (Elza Fiúza/ABr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília – O aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, anunciado ontem pelo Banco Central, foi criticado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que vê na medida prejuízos para o setor, como afirmou o responsável pela área econômica da entidade, Flávio Castelo Branco.

“Qualquer aumento da taxa de juros é sempre 'mal-vindo' para a indústria, pois implica em aumento de custos e redução de compras pelo consumidor. A questão agora é saber quanto vai durar este ciclo, pois não acredito que esse aumento será o único a ser feito pelo Banco Central”, disse Castelo Branco.

O economista considerou que o governo deveria adotar medidas para reduzir a expansão fiscal – aumento dos gastos públicos – principalmente com pessoal, em lugar de aumentar a taxa de juros.

Segundo Castelo Branco, o principal prejudicado quando os juros sobem é a indústria, enquanto o setor de serviços se beneficia da medida, que atrai investimentos estrangeiros e provoca aumento da concorrência com o parque industrial brasileiro, que já sofre com esse problema há muito tempo.

Para Castelo Branco, se o ciclo de alta dos juros se prolongar, deverá trazer impacto para o setor de serviços e refletir também na valorização do câmbio, “reduzindo ainda mais a competitividade do setor industrial”.

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