Economia

CNDL diz que aumento da inadimplência em novembro é pequeno

"Dado o aumento do consumo, o aumento da inadimplência é pequeno", declarou ela, que chamou a atenção para os bons níveis de emprego e renda


	Cartão de crédito bandeira Visa: segundo Ana Paula Bastos, a previsão da CNDL é que a inadimplência continue em um patamar modesto em dezembro
 (Philippe Ramakers/Stock.XCHNG)

Cartão de crédito bandeira Visa: segundo Ana Paula Bastos, a previsão da CNDL é que a inadimplência continue em um patamar modesto em dezembro (Philippe Ramakers/Stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 16h36.

Brasília - O aumento da inadimplência de 0,58% em novembro é considerado pouco significativo pela Câmara Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). Na avaliação da economista do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) Ana Paula Bastos, o crescimento de 5,63% nas vendas que acompanhou a alta do endividamento no penúltimo mês do ano sinaliza que a economia brasileira vem se sustentando.

"Dado o aumento do consumo, o aumento da inadimplência é pequeno", declarou ela, que chamou a atenção para os bons níveis de emprego e renda. Os resultados de inadimplência e vendas de novembro foram divulgados hoje (10) pela CNDL.

A economista ressaltou que o crescimento modesto do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas de um país) ocorre porque o indicador está contaminado pela retração da indústria. Ana Paula destaca, entretanto, que o comércio continua aquecido e as vendas no varejo tiveram alta ao longo de todo o ano de 2012.

"O governo está adotando medidas para sanar [as dificuldades da indústria], mas elas devem ser sentidas no longo prazo", opinou, citando como exemplos a redução nas tarifas de energia e as desonerações fiscais. Para ela, a agenda governamental para o próximo ano terá de ser "atacar o custo Brasil e aumentar a competitividade".

Segundo Ana Paula Bastos, a previsão da CNDL é que a inadimplência continue em um patamar modesto em dezembro, mas atinja picos de crescimento de janeiro a março de 2013.

Como no primeiro trimestre os consumidores estão às voltas com despesas extras como matrícula e material escolar, além de tributos como o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), a expectativa é que o número de inscritos no SPC cresça até 12% nos primeiros meses do ano. De acordo com a economista, o movimento é sazonal e deve haver retorno à normalidade em abril.

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