Economia

CNDL apura recuo de 0,62% nas vendas no varejo em agosto

No acumulado do ano, as vendas registram alta de 4,74% na comparação com janeiro a agosto de 2012


	Mulher compra roupas em loja: projeção de crescimento anual das vendas no varejo foi revisada para baixo, de 4,5% para 4%
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Mulher compra roupas em loja: projeção de crescimento anual das vendas no varejo foi revisada para baixo, de 4,5% para 4% (Paulo Fridman/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 16h22.

Brasília - As vendas no varejo caíram 0,62% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta terça-feira, 10, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Em relação a julho, houve aumento de 0,8%. No acumulado do ano, as vendas registram alta de 4,74% na comparação com janeiro a agosto de 2012.

A inadimplência no comércio varejista cresceu 0,72% ante o mesmo mês do ano passado. Na comparação com julho, a inadimplência avançou 1,34%.

No acumulado dos primeiros oito meses do ano, a inadimplência cresceu 4,64%. A pesquisa, em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), envolve a consulta a mais de 150 milhões de cadastros de pessoas físicas (CPFs) em 800 mil pontos de vendas credenciados.

Perspectivas

A projeção de crescimento anual das vendas foi revisada para baixo, de 4,5% para 4%. Segundo o presidente da CNDL, Roque Pellizaro Junior, o aumento nas taxas de juros e a inflação vão influenciar negativamente os negócios. Para o próximo ano, o alerta é para o aumento do salário mínimo, que, caso não seja satisfatório, pode impactar negativamente as vendas.

Se houver aumento do preço do combustível até o fim deste ano, a CNDL pode revisar novamente, para baixo, o crescimento no varejo em 2013. No início do ano, a previsão inicial era de 6%.


Outro fator que pode reduzir as perspectivas, segundo Pellizzaro, é a possibilidade de piora nos dados de emprego do Caged, divulgado pelo Ministério do Trabalho. A inadimplência, avalia a CNDL, deve se manter até o fim do ano, sem grande variação.

Crédito

Pellizzaro afirmou, ainda, que o crédito como fomentador de vendas vem perdendo força nos últimos meses. Segundo ele, o brasileiro está equalizando suas contas. "Esse cenário não é de todo ruim. Vai permitir que, uma vez retomada a sustentação do crescimento, seja em base firme. Se houvesse expansão forte de crédito e gerasse ativos podres, seriam ruim", avaliou.

Se o dólar ficar entre R$ 2,30 e R$ 2,40, não haverá grande impacto para o varejo, porque essa alta já foi absorvida pela cadeia, avaliou o presidente.

De acordo com a entidade, apesar do impacto do câmbio sobre os brinquedos, os produtos que serão vendidos no Dia das Crianças, em outubro, não pegaram a recente alta da moeda americana. Para o Natal, o dólar mais alto em relação ao real será assimilado.

Acompanhe tudo sobre:ComércioCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoVarejoVendas

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação