Economia

CNC vê segundo mandato de Dilma menos intervencionista

Economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo afirmou que acredita que segundo mandato de Dilma será menos intervencionista


	Dilma Rousseff: segundo mandato deve ser menos intervencionista
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff: segundo mandato deve ser menos intervencionista (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2014 às 09h31.

Rio e São Paulo - O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, disse nesta semana em entrevista ao Broadcast Ao Vivo, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff será menos intervencionista. A previsão do economista, que é ex-diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), parte da disposição demonstrada pela presidente reeleita, pelo menos nos discursos feitos até agora, de dialogar mais, inclusive com o mercado.

"Dialogar mais é bom, mas é pouco para o tamanho do desafio", ponderou o ex-diretor do BC, acrescentando que não existe "bala de prata" para resolver os problemas da economia. Para Freitas, entre os desafios a serem enfrentados pela presidente Dilma, um dos mais importantes está do lado fiscal. De acordo com ele, não basta ao governo apenas dizer que vai cumprir a meta - é preciso dizer como vai fazer isso. "Entregar o que prometeu é mais importante do que fazer um superávit grande", reforçou.

Questionado se não seria melhor a presidente Dilma indicar rapidamente o substituto do ministro Guido Mantega na Fazenda, o economista da CNC disse que para o curto prazo o Banco Central é mais importante que o Ministério da Fazenda. "A indicação do ministro da Fazenda é importante para o médio e o longo prazo. Para o curto prazo, o BC é mais importante", disse o ex-diretor de Política Monetária da autarquia.

Ele disse ainda que o BC conseguiu atrair a confiança do mercado nos últimos anos e que hoje a instituição "tem credibilidade e instrumentos para conter a volatilidade (do mercado)".

Sobre o possível aumento do preços da gasolina, o economista disse que um ajuste do combustível não colocará em risco a meta de inflação. "O crescimento baixo gera menos pressão no IPCA e deixa espaço para a alta da gasolina", afirmou. A previsão de Freitas é a de que a inflação encerre este ano em 6,45%.

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