O nível de inadimplência também ficou abaixo do registrado em junho de 2010, de 23,5% (SXC.hu)
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2011 às 13h03.
Rio de Janeiro - As famílias brasileiras continuam endividadas, mas aumentaram ligeiramente sua intenção de consumir, segundo dois levantamentos divulgados hoje pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O nível de endividamento das famílias ficou em 64,1% em junho, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC-Nacional). O resultado ficou praticamente estável em relação aos 64,2% registrados em maio. No entanto, na comparação com o mesmo período de 2010, houve forte alta no endividamento. Em junho do ano passado, o nível de endividamento estava em 54,0%.
Já o porcentual de famílias com contas ou dívidas em atraso ficou em 23,3% em junho, mostrando um recuo frente a maio, quando atingiu 24,4%. O nível de inadimplência também ficou abaixo do registrado em junho de 2010, de 23,5%. O porcentual de famílias que não terão condições de pagar seus débitos ficou em 8,4%, apontando uma ligeira queda em relação ao resultado de maio, de 8,6%, mas acima do registrado no mesmo período do ano passado, de 7,8%.
Consumo
Apesar dos números desfavoráveis sobre o endividamento e inadimplência, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), também medida pela CNC, registrou leve alta em junho, de 0,7% frente a maio, atingindo os 130,8 pontos. Após cinco quedas consecutivas, foi o primeiro resultado positivo em 2011. Apenas o item "compras a prazo" registrou queda, de 0,4%. Todos os outros componentes do indicador tiveram altas. Mas, na comparação com junho de 2010, o ICF teve queda de 1,7%.
Entre as regiões, apenas Norte e Nordeste tiveram queda na intenção de compra em junho, de 2,2% e 0,5%, respectivamente. Ainda assim, a região Nordeste continua a mais otimista (133,8 pontos), enquanto o Norte apresenta a menor intenção de consumo (126,2 pontos). Depois de cinco retrações consecutivas, as famílias com renda de até dez salários mínimos voltaram a apresentar maior intenção de consumo em relação ao mês anterior, com uma alta de 0,9%.