Economia

Clima para negócios na América Latina sobe em janeiro

Clima para os negócios na América Latina subiu de 88 pontos em outubro para 95 pontos em janeiro, seu melhor nível desde abril do ano passado


	Pessoas fechando negócio: chamado Índice de Clima Econômico (ICE) para a América Latina voltou a crescer em janeiro
 (Getty Images)

Pessoas fechando negócio: chamado Índice de Clima Econômico (ICE) para a América Latina voltou a crescer em janeiro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 11h51.

Rio de Janeiro - O clima para os negócios na América Latina subiu de 88 pontos em outubro para 95 pontos em janeiro, seu melhor nível desde abril do ano passado (103 pontos), segundo o índice divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O chamado Índice de Clima Econômico (ICE) para a América Latina, que é medido em conjunto pela Fundação Getulio Vargas e o Instituto de Estudos Econômicos (Ifo) da Universidade de Munique através consultas trimestrais a 141 especialistas de 18 países, voltou a crescer em janeiro após haver permanecido seis meses em seu pior nível em dois anos.

O indicador chegou a ficar em janeiro do ano passado em 109 pontos, seu melhor nível em mais de um ano, mas caiu em abril a 103 pontos e em julho a 88 pontos, pontuação que manteve em outubro e que era a mais baixa em dois anos.

A recuperação em janeiro foi atribuída pela FGV à melhoria dos dois subíndices que compõem o ICE: o Indicador de Situação Atual (ISA), que avalia a conjuntura econômica, e o Indicador de Expectativas (IE), que mede a previsão dos especialistas para os próximos seis meses.

O índice que mede a conjuntura subiu de 80 pontos em outubro para 88 pontos em janeiro, mas ainda continua em um de seus níveis mais baixos em três anos.

O índice que mede as expectativas, por sua vez, subiu de 96 pontos em outubro para 102 em janeiro, se aproximando dos 104 pontos de janeiro de 2013.


"Os três índices ficaram em janeiro abaixo da média dos últimos dez anos e, além disso, a região ainda tem que melhorar seu desempenho para garantir uma trajetória estável de crescimento", afirma o estudo.

Segundo a pesquisa, oito dos 11 países analisados têm um clima para os negócios considerado como propício (acima dos 100 pontos): Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai.

De acordo com a FGV, apesar da maioria dos países da região está em condição propícia, o clima para a região em geral é desfavorável por causa da situação de Brasil, México e Venezuela, países com maior peso no comércio internacional.

O clima para os negócios no Brasil caiu de 95 pontos em outubro para 89 pontos em janeiro e o da Venezuela se manteve inalterado em 20 pontos, a pior pontuação para a região.

Os países com maior pontuação são Paraguai (140), Colômbia (138), Peru (132), Bolívia (124), Equador (107), Chile (104), México (103) e Uruguai (100).

Os que estão em situação desfavorável são Brasil (89), Argentina (77) e Venezuela (20).

Segundo a FGV, a crise na Argentina pode ter um forte impacto no Mercosul, principalmente pela possível redução das exportações de automóveis brasileiros para esse país.

Apesar de estarem em condição propícia, Uruguai e Paraguai estão ameaçados devido a que 6% e 14% de suas exportações, respectivamente, têm como destino a Argentina.

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