Loja da Claro: presidente da operadora declarou que, quanto a eventual oferta para aquisição da TIM pela Claro, qualquer decisão é da mexicana América Móvil (Antonio Milena/EXAME)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2013 às 16h47.
Rio - O próximo leilão de frequências para telefonia de quarta geração (4G) deveria ser complementar ao oferecido na licitação do ano passado, defende o presidente da Claro, Carlos Zenteno, para quem o interesse na concorrência depende disso.
"Entendemos que esse leilão tem que ser um complemento do que aconteceu", afirmou Zenteno, nesta terça-feira, 22, após entrevista na Futerecom, evento do setor de telecomunicações, no Rio.
Mais cedo, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, garantiu que o segundo edital de licitação de 4G sairá em maio ou junho, oferecendo frequências na faixa de 700 MHz.
O leilão do ano passado ofereceu frequências na faixa de 2,5 gigahertz (GHz). Rezende acenou também com a possibilidade de oferecer às empresas a opção de cumprir parte das metas assumidas ano passado com a infraestrutura a ser montada para a faixa de 700 MHz.
"A frequência de 700 MHz é, sem dúvida, uma melhor frequência para atingir as metas. Agora, sem dúvida, teríamos que revisar o plano, ver o que significam essas metas", disse Zenteno. O espectro de 700 MHz é mais adequado para garantir cobertura da internet móvel em ampla abrangência geográfica, enquanto a faixa de 2,5 GHz tem menos alcance, mas melhor cobertura em áreas densamente povoadas, como as regiões metropolitanas.
Estratégia global
Zenteno declarou ainda que, quanto a uma eventual oferta para aquisição da TIM pela Claro, qualquer decisão é da mexicana América Móvil, controladora da operadora no Brasil. Ele disse desconhecer a estratégia global do grupo para aquisições.
"Teríamos que olhar o que acontece no mercado. A verdade é que não teria um comentário para esse momento", disse Zenteno, citando o fato de o presidente da Anatel ter afirmado que qualquer decisão dos órgãos reguladores sobre o caso da TIM - após a espanhola Telefónica ter ampliado sua participação na Telco, consórcio controlador da Telecom Italia, dona da TIM no Brasil - depende de uma comunicação formal das empresas.