Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 1 de agosto de 2024 às 14h16.
Última atualização em 1 de agosto de 2024 às 14h26.
O governo do Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou nesta quinta-feira, 1, um decreto que determina o aumento da alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre cigarros e do preço mínimo de venda do produto no varejo. Com isso, o produto ficará mais caro no país.
Segundo a publicação, assinada por Lula e pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, que exerce a função interino durante as férias de Fernando Haddad, o imposto incidente sobre a chamada vintena dos cigarros (20 cigarros) no varejo passará dos atuais R$ 5 para R$ 6,50 a partir de 1º de setembro.
Vigência |
Valor por vintena (R$) |
1/5/2012 a 31/12/2012 |
R$ 3,00 |
1/1/2013 a 31/12/2013 |
R$ 3,50 |
1/1/2014 a 31/12/2014 |
R$ 4,00 |
1/1/2015 a 30/4/2016 |
R$ 4,50 |
1/5/2016 a 31/8/2024 |
R$ 5,00 |
A partir de 1/9/2024 |
R$ 6,50 |
Outra mudança é a cobrança para o maço e o box, que representa um percentual do produto, permanece em 66,7%, mas terá uma alíquota específica de R$ 2,25 no lugar de R$ 1,50 cobrado atualmente. A mudança entrará em vigor a partir de 1º novembro. Esse é o primeiro aumento da tributação do tabaco desde 2016.
Vigência |
Alíquotas | ||
Ad valorem (%) |
Específica (R$) | ||
Maço |
Box | ||
1/12/2011 a 30/04/2012 |
0% |
R$ 0,80 |
R$ 1,15 |
1/5/2012 a 31/12/2012 |
40,00% |
R$ 0,90 |
R$ 1,20 |
1/1/2013 a 31/12/2013 |
47,00% |
R$ 1,05 |
R$ 1,25 |
1/1/2014 a 31/12/2014 |
54,00% |
R$ 1,20 |
R$ 1,30 |
1/1/2015 a 30/4/2016 |
60,00% |
R$ 1,30 |
R$ 1,30 |
1/5/2016 a 30/11/2016 |
63,30% |
R$ 1,40 |
R$ 1,40 |
1/12/2016 a 31/10/2024 |
66,70% |
R$ 1,50 |
R$ 1,50 |
A partir de 1/11/2024 |
66,70% |
R$ 2,25 |
R$ 2,25 |
Segundo a agência Reuters, a medida tem como intuito aumentar a arrecadação do governo. A estimativa do Tesouro nacional é que a medida tem um ganhou potencial de 723 milhões de reais no ano. Em junho, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que um eventual reajuste aconteceria porque o Brasil é signatário de um acordo internacional que fixa obrigação de aumento de preços para desincentivar uso do cigarro.