Economia

Chipre pede a Rússia crédito de € 5 bilhões

O empréstimo seria encaminhado principalmente aos bancos do país

O presidente do Chipre, Demetris Christofias: ele havia ressaltado que um empréstimo de Moscou contaria com condições mais favoráveis que as do FMI e da UE (Frederick Florin/AFP)

O presidente do Chipre, Demetris Christofias: ele havia ressaltado que um empréstimo de Moscou contaria com condições mais favoráveis que as do FMI e da UE (Frederick Florin/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 10h53.

Moscou - O Chipre solicitou à Rússia um empréstimo de 5 bilhões de euros para enfrentar a crise, em particular a de seus bancos, anunciou nesta sexta-feira o ministro russo das Finanças, Anton Siluanov.

"Recebemos uma demanda do Chipre. Por enquanto, estamos examinando-a", declarou Siluanov, citado pelas agências russas.

"O montante solicitado é de 5 bilhões de euros", informou.

O presidente do Chipre, Demetris Christofias, informara anteriormente que havia pedido ajuda à Rússia e à União Europeia, sem informar nenhuma quantidade, e ressaltou que um empréstimo de Moscou contaria provavelmente com condições mais favoráveis que as do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia.

No fim de 2011, a Rússia concedeu à Nicósia um empréstimo com condições favoráveis de 2,5 bilhões de euros para 2012, país com o qual a ilha mantém laços econômicos estreitos.

O Chipre, que aderiu à União Europeia em 2004 e adotou o euro em 2008, foi afetado pela crise econômica e financeira que atinge a Grécia, seu principal sócio econômico e cultural.

Neste momento não pode recorrer ao mercado da dívida, já que as três agências de classificação financeira rebaixaram a nota de solvência à categoria de junk bonds (bônus lixo) ou especulativa, razão pela qual exigem altos juros.

Segundo alguns analistas, o valor total de ajuda que a ilha mediterrânea precisará será de cerca de 10 bilhões de euros, tanto para ajudar seus bancos como para equilibrar suas contas públicas.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChipreEmpréstimosEuropaRússia

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo