Economia

Chipre flexibiliza controles de capital e ministro renuncia

Ministro das Finanças renunciou após concluir as discussões com os credores estrangeiros sobre um resgate

Ex-ministro das Finanças do Chipre: Michael Sarris afirmou que a principal meta de firmar um acordo com os concessores de empréstimos foi alcançada (Maxim Shemetov/Reuters)

Ex-ministro das Finanças do Chipre: Michael Sarris afirmou que a principal meta de firmar um acordo com os concessores de empréstimos foi alcançada (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 13h00.

Nicósia - O ministro das Finanças do Chipre, Michael Sarris, renunciou nesta terça-feira, após concluir as discussões com os credores estrangeiros sobre um resgate que vai forçar a ilha a impor grandes perdas sem precedentes aos depositantes bancários.

A notícia veio depois de o Chipre anunciar um relaxamento parcial dos controles de capital, elevando o teto para as transações financeiras que não requerem a aprovação do banco central, mas mantendo a maioria das outra restrições intactas.

O governo do Chipre indicou Harris Georgiades para substituir Sarris e sua posse no novo cargo será na quarta-feira. Georgiades era ministro do Trabalho e vice-ministro das Finanças.

Meta alcançada

Sarris, que foi enviado a Moscou no mês passado, e que voltou de mãos vazias quando Chipre buscou auxílio russo depois de ter rejeitado uma proposta europeia de imposto bancário, afirmou que a principal meta dele de firmar um acordo com os concessores de empréstimos foi alcançada.

Ele disse que também é apropriado renunciar, já que ele está entre as várias pessoas que estão sendo analisadas por um grupo de investigadores que examinam o colapso do sistema bancário do país.

"Eu acredito que com a finalidade de facilitar o trabalho (dos investigadores), a coisa certa a se fazer era colocar minha renúncia à disposição do presidente da República, e foi o que eu fiz", declarou Sarris.

Ele disse que não está claro quando os controles de capital restantes serão retirados.

A ilha introduziu restrições às movimentações de dinheiro quando os bancos reabriram no dia 28 de março, após um fechamento de duas semanas enquanto o governo negociava um resgate de 10 bilhões de euros pelo Fundo Monetário Internacional e pela União Europeia.

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