Economia

Chipre diz estar muito perto de acordo com a "troika"

Entre as questões não resolvidas está a proposta da troika para privatizar empresas públicas rentáveis


	O presidente do Chipre, Demetris Christofias: "as questões que ainda estão em aberto são muito limitadas, e é possível que muito em breve sejam resolvidas"
 (Frederick Florin/AFP)

O presidente do Chipre, Demetris Christofias: "as questões que ainda estão em aberto são muito limitadas, e é possível que muito em breve sejam resolvidas" (Frederick Florin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2012 às 09h54.

Nicósia - O presidente do Chipre, Dimitris Christofias, anunciou nesta quinta-feira que seu governo está muito perto de um acordo com a chamada "troika" (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) para um resgate econômico que salve a economia de seu país.

"As questões que ainda estão em aberto são muito limitadas, e é possível que muito em breve sejam resolvidas", declarou o presidente cipriota em comunicado emitido na capital Nicósia.

O Chipre negocia desde junho o resgate financeiro com a troika, cujos representantes deixaram hoje o país após quase duas semanas de consultas.

Entre as questões não resolvidas está a proposta da troika para privatizar empresas públicas rentáveis e sua exigência que o Chipre bloqueie em um fundo destinado ao pagamento da dívida parte dos lucros que espera-se que sejam geradas no futuro pela exploração de gás natural em suas águas territoriais.

Já o ministro da economia cipriota, Vassos Sharly, afirmou hoje, após apresentar o orçamento anual ao parlamento, que o programa de adaptação do Chipre "pode ser debatido em uma primeira discussão" na reunião do Eurogrupo, marcada para 3 de dezembro.

Sharly não quis comentar o valor que o Chipre precisa para sua economia, mas segundo a imprensa local ele pode ultrapassar 17,5 bilhões de euros.

O Chipre solicitou no dia 25 junho ajuda a seus parceiros da zona do euro para enfrentar seus problemas financeiros e o enfraquecimento de seu setor bancário, muito exposto à crise da Grécia. 

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