Economia

Chipre descarta taxa sobre depósitos com menos de € 100 mil

Segundo um alto funcionário do governo, as autoridades estão levando em conta a postura de muitos países europeus contrários à aplicação da taxa


	Manifestante carrega bandeira do Chipre: para arrecadar parte dos fundos necessários para o resgate do sistema financeiro, o governo anunciou a criação de um "Fundo de Investimento Solidário"
 (REUTERS/Yorgos Karahalis)

Manifestante carrega bandeira do Chipre: para arrecadar parte dos fundos necessários para o resgate do sistema financeiro, o governo anunciou a criação de um "Fundo de Investimento Solidário" (REUTERS/Yorgos Karahalis)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 11h14.

Nicósia - O governo do Chipre descarta impor uma taxa sobre os depósitos bancários inferiores a 100.000 euros, embora não possa aplicar o imposto em poupanças superiores a essa quantia, disseram à Agência Efe fontes governamentais.

"Estamos levando em conta a postura de muitos países europeus, em particular da Alemanha, de que não se aplique uma taxa sobre depósitos inferiores aos 100.000 euros", explicou à Efe um alto funcionário do governo cipriota que pediu anonimato.

A Alemanha exigiu que os bancos contribuam ao resgate mas assim como os outros membros da União Europeia deixou nas mãos do Chipre definir como isso será feito.

Para arrecadar parte dos fundos necessários para o resgate do sistema financeiro, o governo anunciou a criação de um "Fundo de Investimento Solidário", que segundo a imprensa cipriota incluiria valores imobiliários do Estado e outros organismos (a Igreja se ofereceu a participar) e reservas dos fundos de pensões.

"Os esforços continuam para se chegar a um acordo. Está se avaliando tudo com a esperança de que seja alcançado o mais breve possível", afirmou a fonte.

O governo anunciou que a aplicação do fundo, do qual ainda não há maiores informações oficiais, será votado hoje no Parlamento. Antes, haverá um novo Conselho de Ministros e amanhã será realizada uma nova reunião entre o presidente do Chipre, Nikos Anastasiadis, e os líderes dos partidos.

Por enquanto não há definição de como ficará o plano de resgate. O presidente do Banco Central do Chipre, Panikos Dimitriadis, afirmou que espera que "até na segunda-feira exista um programa de respaldo para a economia cipriota", o que afastou as esperanças de uma solução para hoje mesmo. 

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