Economia

Chipre anuncia restrições aos movimentos de capital

"É uma medida provisória, que progressivamente será suspensa", disse Anastasiadis, contradizendo informações divulgadas pelos próprios bancos à imprensa


	O presidente cipriota, Nicos Anastasiadis: o presidente ressaltou que o Banco Central do Chipre assegurará à liquidez de todos os bancos.
 (Yiannis Kourtoglou/AFP)

O presidente cipriota, Nicos Anastasiadis: o presidente ressaltou que o Banco Central do Chipre assegurará à liquidez de todos os bancos. (Yiannis Kourtoglou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2013 às 17h31.

Nicósia - O presidente do Chipre, Nikos Anastasiadis, anunciou nesta segunda-feira em discurso televisado que a reabertura dos bancos amanhã estará ligada a limitações nas transações financeiras.

"O Banco Central do Chipre, aplicando as leis que o Parlamento votou, imporá algumas restrições às transações. É uma medida provisória, que progressivamente será suspensa", disse Anastasiadis, contradizendo informações divulgadas pelos próprios bancos à imprensa.

O presidente ressaltou que o Banco Central do Chipre assegurará à liquidez de todos os bancos e acrescentou que a primeira tarefa será garantir os depósitos das pensões nas entidades afetadas.

Todos os bancos cipriotas reabrirão suas portas ao público nesta terça-feira, exceto o Banco do Chipre e o Banco Popular (Laiki Bank) que abrirão na quinta-feira.

Fontes bancárias afirmaram à Agência Efe e a outros meios de comunicação que a reabertura aconteceria sem restrições, nem sequer nos dois citados bancos, apesar de estarem sujeitos ao plano de reestruturação aprovado na madrugada passada pelo Eurogrupo.

Em seu discurso divulgado após seu retorno de Bruxelas, Anastasiadis assegurou hoje que o acordo do Eurogrupo na noite anterior serviu para salvar ao país da falência e o maior banco, o do Chipre, da quebra.

"A tarefa do governo foi difícil e as margens de atuação muito limitadas", ressaltou Anastasiadis para assegurar que "a partir de amanhã começa outro período e que já nos próximos dias "começarão a ser sentidas as consequências sobre nossas vidas".

O presidente declarou que entende a ira dos cidadãos com os responsáveis pela situação na qual se encontra o país e anunciou que amanhã o Conselho de Ministros nomeará os juízes que estarão a cargo da investigação penal do assunto. 

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