Carne bovina: o Uruguai viu quadruplicar suas vendas de carne de máxima qualidade ao país oriental de um ano para outro (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2013 às 10h00.
Xangai - Há uma década seria impensável, mas a China começa a ser percebida cada vez mais claramente como um mercado-chave para os grandes exportadores de carne, assim como de outros alimentos, do Mercosul.
A tendência pode ser comprovada esta semana no Salão Internacional da Alimentação de Xangai (SIAL 2013), um dos dois grandes encontros anuais do setor na China.
Apesar da notável ausência de países latino-americanos como Chile e México, a região impressiona na 14ª edição desta feira com a maior presença já registrada dos três grandes exportadores de carne do Mercosul: Brasil, Uruguai e Argentina.
O caso mais chamativo é o do Uruguai, representado por meia centena de empresas, assim como o Brasil, e que nos últimos meses, coincidindo com recentes escândalos de segurança alimentar internacionais e na China, viu quadruplicar suas vendas de carne de máxima qualidade ao país oriental de um ano para outro.
A tendência é similar no Brasil, que diversifica suas exportações de alimentos à China: 80% das vendas são de soja, mas o país está aumentando a comercialização de carne (da qual é o segundo maior exportador mundial), café, açúcar, vinho, cachaça, sucos e mel.
"O Brasil, pela variedade e pela qualidade de seus produtos, é um parceiro confiável", destacou Marcelo Junqueira, diretor de Promoção Internacional do Agronegócio do Ministério da Agricultura.
"Qualquer país que quiser ter segurança alimentar, não só quanto à inocuidade, mas no que se refere ao volume da oferta, necessita ter parceiros que garantam sempre a provisão em qualquer situação", e o tamanho e a produção das empresas brasileiras permitem ao país ser muito competitivo para garantir tanto a qualidade como a entrega, disse Junqueira.