BC chinês reconheceu as preocupações sobre os crescentes níveis de dívida na China, ao dizer que evitará qualquer estímulo excessivo de crédito (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 10h24.
Pequim - O banco central da China deixou claro nesta terça-feira que está pronto para combater qualquer desaceleração na segunda maior economia do mundo, ao mesmo tempo em que alertou sobre fortes obstáculos ao crescimento e uma demanda global provavelmente anêmica.
Mas o banco central reconheceu ao mesmo tempo as preocupações sobre os crescentes níveis de dívida na China, ao dizer que evitará qualquer estímulo excessivo de crédito que poderia alimentar riscos financeiros.
O Banco do Povo da China reiterou no relatório de política monetária do quarto trimestre que manterá a política monetária prudente para assegurar que não esteja muito apertada nem muito frouxa.
"A economia ainda enfrenta pressões relativamente grandes em meio ao processo de reestruturação econômica", disse o banco central.
"Olhando à frente, é difícil ver qualquer grande melhora na demanda externa. Algumas indústrias com excesso de capacidade ainda estão aumentando as capacidades a uma grande velocidade, o que poderia aumentar as pressões para baixo sobre preços, especialmente preços industriais".
Diante de um mercado imobiliário fraco, crescimento errático de exportações e uma desaceleração nos investimentos liderada pelo governo, a economia chinesa sofreu sua pior desaceleração em 24 anos no ano passado, quando o crescimento anual caiu para 7,4 por cento.
Para incentivar a demanda, o banco central afrouxou a política monetária diretamente duas vezes em três meses cortando as taxas de juros e reduzindo o volume de depósitos que os bancos precisam manter como reservas.
"Faremos ajustes adequados e em tempo apropriado quando acontecerem mudanças relativamente grandes em condições básicas ... para impedir que a economia caia, mas também (iremos) prestar atenção para evitar 'injetar' muito dinheiro", disse o banco central.
O banco central reafirmou também sua promessa de manter o iuan basicamente estável.