Com um volume de importações no valor de US$ 824 bilhões em 2010, a China superou os EUA como primeiro importador (AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2012 às 17h08.
Genebra - A China se tornou pela primeira vez em 2010 o principal importador mundial de tecnologia da informação e comunicação (TIC), segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
O país asiático já era o primeiro exportador de TIC, incluídos computadores e telefones celulares, de acordo com a Unctad.
Atualmente, a China é o destino principal de sete das dez maiores empresas exportadoras de TIC, o que consolida a tendência observada por este organismo da ONU que os países emergentes salvaram o setor da crise nos Estados Unidos e na Europa.
As estatísticas apresentadas hoje mostram que bens como computadores, smartphones, tablets, microchips, televisores e equipamentos de som enfrentaram crise financeira e econômica que começou em 2008 com melhores resultados que a maioria dos demais setores econômicos.
Por exemplo, o retrocesso das importações de bens TIC em 2009 foi de 14%, frente a 24% do total dos produtos destinados ao comércio internacional, e a recuperação em 2010 foi mais sólida (24% de TIC frente a 21% da média dos demais).
Em 2010, pela primeira vez, os países em desenvolvimento importaram mais produtos do setor da tecnologia da informação e comunicação que os desenvolvidos.
Com um volume de importações no valor de US$ 824 bilhões em 2010, a China superou os EUA como primeiro importador.
Quanto às exportações, se tomarmos como referência a última década, o crescimento chinês foi espetacular, multiplicando por dez e situando-se em 2010 em US$ 460 bilhões, muito à frente de Hong Kong com US$ 177 bilhões e EUA com US$ 135 bilhões.
Segundo os dados da Unctad, entre 2000 e 2010 as exportações de TIC de EUA, Japão, Reino Unido, Canadá e Irlanda, além de países em desenvolvimento, registraram fortes retrocessos, que foram compensados pela pujança de nações como Bulgária, República Tcheca, Letônia, Polônia e Eslováquia.
Em outras partes do mundo, Índia, México, Tunísia e Turquia ganharam margem de mercado no mesmo setor de maneira significativa.