Economia

China se volta ao sorgo dos EUA após esgotamento de cotas

Fábricas privadas de ração da China estão se voltando cada vez mais para o sorgo dos Estados Unidos, após utilizarem suas cotas anuais para importação de milho


	Plantação de milho: importações chinesas cada vez maiores devem aumentar os preços do sorgo ao longo dos próximos meses nos EUA, maior produtor mundial, que deve colher uma grande safra
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Plantação de milho: importações chinesas cada vez maiores devem aumentar os preços do sorgo ao longo dos próximos meses nos EUA, maior produtor mundial, que deve colher uma grande safra (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 14h43.

Pequim - As grandes fábricas privadas de ração da China estão se voltando cada vez mais para o sorgo dos Estados Unidos, após utilizarem suas cotas anuais para importação de milho, grão preferido para a alimentação animal.

As importações chinesas cada vez maiores devem aumentar os preços do sorgo ao longo dos próximos meses nos EUA, maior produtor mundial, que deve colher uma grande safra neste ano. Os preços do sorgo norte-americano estão sustentados em parte devido às compras chinesas, disseram operadores.

As fábricas privadas na China usaram suas cotas de 2,88 milhões de toneladas para importação de milho neste ano e não devem receber mais de milho até o final do ano, quando Pequim emitirá as cotas para 2014. O milho doméstico não é uma opção viável, uma vez que é muito mais caro do que o sorgo dos EUA.

Como alternativa, as fábricas já compraram cerca de 800 mil toneladas de sorgo EUA para embarque no ano comercial de 2013/14, com início em setembro, e as encomendas totais devem passar de 1 milhão de toneladas, com os preços ainda atraentes, disseram operadores.

"As grandes fábricas privadas não têm mais quotas para importar milho neste ano, e foram muito inteligentes ao encontrar essa alternativa de alimentação barata --sorgo", disse uma fonte do setor, que não quis ser identificada.

A China emite anualmente um volume fixo de 7,2 milhões de toneladas em cotas de importação de milho (a taxas reduzidas), sob um compromisso assumido com a Organização Mundial do Comércio. Sessenta por cento da cota é destinada a empresas estatais.

As importações de sorgo, similar ao milho em relação aos valores nutricionais, não estão sujeitas a restrições de cotas, e os compradores só precisam pagar um imposto de importação de 2 por cento, e uma taxa de 13 por cento imposto sobre o valor agregado de suas compras. As fábricas estariam sujeitas a um imposto de importação de 65 por cento se importarem milho acima de seus direitos de cota.

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