Donald Trump: temores sobre política comercial do presidente dos EUA tem se intensificado na China (Mario Tama/Getty Images)
Reuters
Publicado em 20 de março de 2017 às 08h51.
Última atualização em 20 de março de 2017 às 08h52.
Pequim - O governo da China tem buscado aconselhamento junto a seus institutos e conselheiros de política sobre como conter potenciais penalidades comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, preparando-se para o pior mesmo que as expectativas sejam de negociações.
Os conselheiros políticos acreditam que a administração Trump deve adotar tarifas mais altas sobre alguns setores em que a China tem grande superávit com os EUA, como aço e móveis, ou sobre empresas não estatais.
A China pode responder com ações como encontrar fornecedores alternativos de produtos agrícolas ou de maquinário e bens manufaturados, enquanto reduz as exportações de bens ao consumidor como celulares ou laptops, disseram eles.
Outras opções incluem taxas ou outras restrições a grandes empresas norte-americanas que operam na China, ou limitar o acesso delas ao setor de serviços chinês, completaram.
O Gabinete Estatal de Conselho da Informação, braço de relações públicas do governo, e o Ministério do Comércio não retornaram os pedidos para que comentassem.
"Ainda há espaço para ambos os lados resolverem problemas através da cooperação e consultas, em vez de apenas recorrer à retaliação", disse um conselheiro político sob condição de anonimato. "Mas devemos ter planos no caso de as coisas darem errado."