Economia

China reduzirá importação de petróleo dos EUA após setembro, dizem fontes

Compradores de petróleo chineses querem reduzir as importações americanas para evitar uma provável tarifa em meio a tensão comercial entre os países

A China não especificou quando vai impor o imposto de 25 por cento sobre o petróleo (Jason Lee/Reuters)

A China não especificou quando vai impor o imposto de 25 por cento sobre o petróleo (Jason Lee/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de junho de 2018 às 11h17.

Singapura/Pequim - Compradores de petróleo chineses continuarão adquirindo o produto dos Estados Unidos até setembro, mas planejam reduzir suas compras futuras para evitar uma provável tarifa de importação em meio a uma disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, disseram várias fontes da indústria.

Pequim colocou produtos de energia dos EUA, incluindo petróleo e produtos refinados, em listas de produtos que serão atingidos com impostos de importação em retaliação a medidas semelhantes de Washington.

Pequim não especificou quando vai impor o imposto de 25 por cento sobre o petróleo, e isso dá aos compradores tempo para ajustar as compras enquanto aguardam o resultado das negociações comerciais, disseram as fontes.

A Unipec, braço comercial da Sinopec - maior refinadora da Ásia e maior compradora de petróleo dos EUA - vem oferecendo petróleo dos EUA, como West Texas Intermediate (WTI), a outros compradores asiáticos para julho, disseram três fontes com conhecimento das ofertas.

"Eles (Unipec) só oferecem petróleo para chegar em setembro, o que significa cargas com carregamento em julho", disse uma das fontes, embora acrescentando que a oferta é "muito cara".

Representantes da Unipec disseram que esta era uma atividade comercial normal, já que sua unidade de trading frequentemente revende o excesso de petróleo de seu sistema de refino, dependendo da economia e do estado de seus suprimentos.

Um executivo de trading da Sinopec disse à Reuters que a refinadora estatal irá manter seus volumes usuais de importação nas cargas de julho, mas não pode se comprometer com agendamentos posteriores.

"Compras futuras...dependerão dos desenvolvimentos", afirmou o executivo, que falou sob a condição de anonimato devido à sensibilidade do tema.

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