Economia

China pede que emergentes tenham mais peso no Banco Mundial

O contexto é de crescentes pressões para pôr fim ao monopólio americano na cúpula da instituição financeira

Três candidatos se apresentaram para substituir o presidente atual do BM Robert Zoellick
 (Liu Jin/AFP)

Três candidatos se apresentaram para substituir o presidente atual do BM Robert Zoellick (Liu Jin/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 09h31.

Pequim - A China pediu nesta segunda-feira "que a voz dos países em desenvolvimento" seja levada em conta quando o novo presidente do Banco Mundial (Bird) for escolhido, em um contexto de crescentes pressões para pôr fim ao monopólio americano na cúpula da instituição financeira.

Três candidatos se apresentaram para substituir o presidente atual do BM Robert Zoellick, dois deles não americanos, o que significa uma tentativa inédita de acabar com este monopólio.

"A eleição à frente do Banco Mundial, como de outras instituições financeiras internacionais, deve ser feita em função de princípios de igualdade, abertura e transparência", assegurou à imprensa o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Hong Lei.

"Deveríamos prestar atenção à voz dos países em desenvolvimento e garantirmos que estão representados no Banco Mundial e em outras instituições financeiras", afirmou.

O comitê executivo do Bird se encontrará com os três candidatos nas próximas semanas, e elegerá por consenso seu novo presidente no próximo mês.

Os candidatos são o médico e antropólogo americano de origem coreana Jim Yong Kim, presidente do Dartmouth College e patrocinado por Washington; o colombiano José Antonio Ocampo, professor na Universidade de Columbia; e a ministra nigeriana das Finanças, Ngozi Okonjo-Iweala.

Ao ser aplicado um pacto não escrito entre as potências europeias e os Estados Unidos, que data de 1945, os 11 presidentes do BM foram americanos e todos os diretores-gerentes do Fundo Monetário Internacional (FMI) procediam da Europa.

Acompanhe tudo sobre:Banco MundialEleiçõesEstados Unidos (EUA)Países emergentesPaíses ricos

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto