Trump assinou ordens para conter abusos comerciais de outros países apenas uma semana antes do encontro que terá com o presidente da China (Carlos Barria/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de abril de 2017 às 09h52.
Última atualização em 2 de abril de 2017 às 11h41.
Pequim, 2 abr (EFE).- O governo da China pediu ao presidente dos Estados Unidos para analisar o déficit comercial com a China e outros parceiros "com base nas normas internacionais", depois que Donald Trump assinou duas ordens executivas para combater os "abusos" comerciais de outros países.
"Ambos os países compreendem bem a realidade, a causa e o possível impacto do déficit comercial dos EUA com a China", afirmou o Ministério de Comércio chinês em comunicado publicado na noite de sábado, em resposta à decisão tomada por Trump na sexta-feira.
Trump ordenou ao Departamento de Comércio realizar a que, afirmou, é a primeira grande revisão dos intercâmbios comerciais de seu país com o mundo para descobrir práticas que prejudicam os trabalhadores e fábricas americanas, o que foi visto como uma clara mensagem para a China, que lidera a lista de países com os quais os EUA têm um maior déficit.
Sua ação aconteceu apenas uma semana antes do encontro que terá com o presidente da China, Xi Jinping, em Mar-a-Lago (Flórida, EUA) em 6 e 7 de abril, um primeiro "frente a frente" que, de acordo com Trump, será "muito difícil".
Apesar das decisões do presidente americano, as autoridades chinesas se esforçam para destacar as vantagens da relação entre ambas as potências.
"O comércio sino-americano é altamente complementar e gera benefícios mútuos", ressaltou o Ministério de Comércio em seu comunicado.
A China, disse, está disposta a trabalhar junto com os Estados Unidos para estreitar o diálogo e "tramitar de maneira adequada as diferenças com base na cooperação e no benefício mútuos". EFE