Economia

China não tem pressão para afrouxar política monetária

Segundo diretor de pesquisa do Banco Central, país não enfrenta risco de uma retomada da inflação em 2013


	China: presidente do banco central mostrou-se cauteloso sobre a liberalização de longo prazo de sua moeda e taxa de juros
 (Getty Images)

China: presidente do banco central mostrou-se cauteloso sobre a liberalização de longo prazo de sua moeda e taxa de juros (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2012 às 07h45.

Sanya - A China não enfrenta um grande risco de uma retomada da inflação em 2013, nem nenhuma grande pressão para afrouxar a política monetária de forma agressiva no próximo ano, afirmou nesta segunda-feira o diretor de pesquisa do Banco Central, Jin Zhongxia.

Por sua vez, o presidente do banco central, Zhou Xiaochuan, mostrou-se cauteloso sobre a liberalização de longo prazo de sua moeda e taxa de juros.

"Eu sinto que não há pressão evidente para o Banco Central adotar uma política de afrouxamento agressiva", disse à Reuters Zhongxia, diretor do instituto de pesquisa financeira do Banco do Povo da China, durante o intervalo de um fórum em Sanya. "Acho que não veremos uma grande retomada da inflação em 2013".

No domingo, líderes chineses prometeram manter uma política monetária "prudente" e uma política fiscal pró-ativa em 2013, deixando espaço para manobra frente aos riscos econômicos globais enquanto aprofundam reformas para dar suporte ao crescimento no longo prazo.

O BC cortou as taxas de juros em junho e julho e baixou a taxa de compulsório três vezes desde o final de 2011 para liberar estimados 1,2 trilhão de ienes (190 bilhões de dólares) para empréstimo como parte de um programa de ajuste de política.

O presidente do BC, Zhou Xiaochuan, afirmou ao fórum em Sanya nesta segunda-feira que a China está no caminho para tornar gradualmente o iuan totalmente conversível ao longo do tempo, mas alertou que as autoridades podem ter que retomar o controle de capital se surgir uma crise financeira.

"Não estamos dizendo que teremos 100 por cento de convertibilidade ou nenhuma supervisão regular, mas que vamos reservar o direito de monitorar e restringir o fluxo de capital em algumas áreas sensíveis", disse Zhou.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaPolítica monetária

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto