Funcionária de banco na China conta notas de iuan: presidente do Banco Central reitera promessa de abrir espaço para mais forças de mercado (China Photos/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2012 às 10h31.
China - A China vai se ater a uma política monetária prudente no próximo ano e manterá os preços ao consumidor estáveis, afirmou nesta segunda-feira o presidente do Banco Central, Zhou Xiaochuan, em um novo sinal de que Pequim não irá mudar de direção quando o novo governo assumir em 2013.
Reiterando a promessa da China de reduzir o nível de planejamento central em sua economia e abrir espaço para mais forças de mercado, Zhou também afirmou que a China irá aprofundar reformas em seu setor financeiro em 2013.
"Em 2013, continuaremos a implementar uma política monetária prudente e tornar as políticas mais preventivas, centradas e flexíveis", disse Zhou em um curto discurso de ano novo.
"Vamos manter os níveis de preços gerais basicamente estáveis e promover crescimento saudável e sustentável da economia", completou ele. "Também vamos aprofundar mais as reformas financeiras e a abertura dos mercados financeiros." Zhou, presidente do banco central desde 2003, deve se aposentar nos próximos meses.
Ele irá deixar o BC em 5 de março, quando a China inicia sua reunião anual do Parlamento, transmitindo o cargo para Xi Jinping.
As declarações de Zhou seguem-se a comentários similares do presidente da China, Hu Jintao, que logo irá se aposentar. Hu prometeu que a reforma do modelo de crescimento econômico da China será um tema crucial no próximo ano.
Hu afirmou em um discurso separado transmitido nacionalmente que a economia da China irá crescer a um ritmo equilibrado e sustentável em 2013, ao mesmo tempo em que destacou o desafio da desaceleração do crescimento para a economia mundial.
"Transformar o modelo do crescimento econômico será um tema principal", disse Hu, sem dar mais detalhes. "A tendência do fraco crescimento econômico global continuará." Líderes da China têm prometido repetidamente encorajar o consumo doméstico e reduzir a forte dependência das exportações para o crescimento do país.