Economia

China faz nova tentativa de combater shadow banking

Diretrizes do Conselho de Estado pedem uma regulação mais dura dos empréstimos fora dos balanços patrimoniais dos bancos


	Banco chinês: índice das maiores bolsas do continente fechou no seu menor nível em cinco meses nesta segunda-feira, à medida que preocupações sobre as novas regulações pressionaram o mercado
 (Liu Jin/AFP)

Banco chinês: índice das maiores bolsas do continente fechou no seu menor nível em cinco meses nesta segunda-feira, à medida que preocupações sobre as novas regulações pressionaram o mercado (Liu Jin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 08h02.

Pequim/Xangai - O gabinete da China publicou diretrizes reforçando a regulação de empréstimos de alto risco fora dos balanços patrimoniais em um novo esforço para lidar com os riscos financeiros crescentes decorrentes de uma explosão nas dívidas.

As diretrizes do Conselho de Estado pedem uma regulação mais dura dos empréstimos fora dos balanços patrimoniais dos bancos e dizem que fundos - os maiores participantes não bancários no que é chamado "shadow banking" (sistema bancário sem regulação) - devem voltar aos seus propósitos originais de administradores de patrimônios e não se engajar em negócios "do tipo crédito".

Uma cópia do Documento 107 do conselho, datado de 11 de dezembro, foi obtida pela Reuters. Não houve confirmação oficial do documento, que estava endereçado a agências do governo nos níveis central e local.

Um índice das maiores bolsas do continente fechou no seu menor nível em cinco meses nesta segunda-feira, à medida que preocupações sobre as novas regulações pressionaram o mercado.

Os formuladores de políticas da China estão preocupados que a economia do país se tornou muito dependente de empréstimos para estimular o crescimento, e que investimentos fomentados por dívidas criaram um maciço excesso de capacidade em muitas indústrias.

Se implementado estritamente, o esforço de desalavancagem pode colocar a economia da China em um caminho mais sustentável no longo prazo ao reduzir o risco de uma crise por dívidas podres. O crescimento no curto-prazo, porém, provavelmente cairia à medida que uma redução no crescimento de crédito estimularia uma queda nos gastos.

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