Economia

China está confortável com crescimento mais baixo, diz HSBC

Para diretor de investimentos da asset do banco, país mostra sinais de que quer continuar crescendo, mas sem excessos

Mercado em Pequim: China está mudando perfil da economia de estímulos a investimentos para consumo (Clive Mason/Getty Images)

Mercado em Pequim: China está mudando perfil da economia de estímulos a investimentos para consumo (Clive Mason/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 13h39.

São Paulo – A desaceleração do crescimento do PIB da China que deixa o mercado de cabelo em pé parece não ser um problema tão grave pelo ponto de vista do próprio governo chinês. Para Mario Felisberto, diretor de investimentos da HSBC Global Asset Manegment, é uma mensagem parecida com essa que a China tem passado.

“A China está mandando uma mensagem de que está confortável com um crescimento na linha dos 8%”, disse hoje em conversa com jornalistas em São Paulo. A mensagem não significa um conformismo por parte do governo chinês, mas reflete uma mudança que está acontecendo no país, que ainda vai gerar crescimento, mas em patamares mais baixos.

Essa mudança é a maneira de incentivo à economia, que costumava vir por meio de investimentos, especialmente em infraestrutura, e agora passa a ser por meio do consumo. “Quando o crescimento vem por investimentos em infraestrutura, reflete mais em outras economias”, ressalta Felisberto.

Por conta dessa mudança de perfil na economia, a expansão do PIB chinês deve refletir menos em outras regiões do globo, afirma Felisberto. Exemplo disso é a projeção de crescimento dos países emergentes, com exceção da China, que devem ter uma expansão mais fraca, de 3,6% neste ano, e de 4,4% em 2013. Para a China, a expectativa apresentada é de alta de 7,8% no PIB deste ano, e 8,6% no ano que vem.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaIndicadores econômicosPIB

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto