Economia

China endurece negociação com estatais endividadas

Pequim deve divulgar uma "lista negativa", com os nomes das chamadas "empresas zumbis" que não poderão trocar suas dívidas por ações


	China: Pequim deve divulgar uma "lista negativa", com os nomes das chamadas "empresas zumbis" que não poderão trocar suas dívidas por ações
 (Barry Huang/Reuters)

China: Pequim deve divulgar uma "lista negativa", com os nomes das chamadas "empresas zumbis" que não poderão trocar suas dívidas por ações (Barry Huang/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 14h39.

Pequim - O governo chinês está endurecendo o tom sobre empresas estatais que estão coalhadas de dívidas e têm dificuldades em se mostrar lucrativas.

Pequim deve divulgar uma "lista negativa", com os nomes das chamadas "empresas zumbis" que não poderão trocar suas dívidas por ações, afirmou Sun Xuegong, diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, uma entidade próxima ao órgão planejador chinês.

A última iniciativa do governo para reduzir o nível de endividamento do setor corporativo será baseada no mercado e não protegerá as empresas zumbis, afirmou o dirigente em um evento. "Não há problemas éticos no plano de troca de dívida por ações", assegurou.

Paralelamente, Ruan Jianhong, vice-diretor do braço de estatística do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), afirmou que a estimativa de que a proporção entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) chinês do Banco Internacional de Compensações (IBS) está superestimada por incluir impréstimos duplicados.

O BIS estima que a relação entre dívida e PIB da China chegou a 254,8% no final de 2015, muito maior do que a de 41,5% do governo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEmpresas estataisGoverno

Mais de Economia

Um marciano perguntaria por que está se falando em crise, diz Joaquim Levy sobre quadro fiscal

Campos Neto: Piora nas previsões de inflação não é culpa de 'malvados da Faria Lima'

Salário mínimo pode ir a R$ 1.521 em 2025 com nova previsão de inflação

BNDES e banco da Ásia assinam memorando para destinar R$ 16,7 bi a investimentos no Brasil