Economia

China e Rússia criticam sanções americanas ao Irã

Segundo porta-voz, a China enviou um protesto formal às autoridades americanas

Trump: "Lamentamos que as coisas acabem assim", disse o número dois da diplomacia russa (Reuters)

Trump: "Lamentamos que as coisas acabem assim", disse o número dois da diplomacia russa (Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 11h18.

Pequim - Os governos de China e Rússia criticaram nesta segunda-feira o endurecimento das sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos ao Irã como reação aos recentes testes de mísseis.

"Nós nos opomos a qualquer sanção unilateral, especialmente aquelas que afetem terceiros", afirmou em entrevista coletiva o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, ao mencionar indivíduos de nacionalidade chinesa e a empresas do país impactadas pelas sanções.

As punições, que afetam 13 pessoas e 12 empresas relacionadas com o programa de mísseis de Teerã, "não são beneficentes para a confiança mútua nem para o trabalho conjunto ou a cooperação para resolver problemas", comentou Lu.

Além disso, o porta-voz confirmou que China enviou um protesto formal às autoridades americanas.

O vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, lamentou as sanções e destacou que este tipo de medidas "não são um instrumento aceitável nem adequado" para resolver problemas.

"Lamentamos que as coisas acabem assim", disse o número dois da diplomacia russa à agência de notícias "Interfax" ao comentar a imposição feita na sexta-feira passada pelo governo do presidente Donald Trump.

Ryabkov ressaltou que a Rússia sempre defendeu que "as sanções não são um instrumento aceitável nem adequado para resolver um ou outro problema".

A atitude americana é uma resposta ao teste iraniano de um míssil de médio alcance que explodiu após percorrer mil quilômetros no dia 29 de janeiro.

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