Economia

China e EUA têm nova rodada contra guerra comercial

Com mais uma rodada diplomática nesta quinta-feira, dois países trazem otimismo aos investidores de que ameaças não sairão do papel

CHINA E EUA: encontro em Washington entre hoje e amanhã pode estender o prazo de trégua ou até confirmar um acordo definitivo  / Andy Wong/Pool via REUTERS (Andy Wong/Pool/Reuters)

CHINA E EUA: encontro em Washington entre hoje e amanhã pode estender o prazo de trégua ou até confirmar um acordo definitivo / Andy Wong/Pool via REUTERS (Andy Wong/Pool/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 05h59.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2019 às 11h23.

Como vem ocorrendo com frequência cada vez maior, nesta quinta-feira, 21, negociadores da China e dos Estados Unidos darão início a uma nova rodada de negociações que visa encerrar a disputa comercial entre os dois países. Em encontro no fim de novembro, os presidentes Donald Trump e Xi Jinping acertaram um cessar fogo de 90 dias que vence no dia primeiro de março. 

De acordo com um comunicado oficial da Casa Branca, hoje serão retomadas as negociações comerciais com representantes de ambos os países, que desde a última terça-feira mantêm conversas sobre o fim das barreiras comerciais. No fronte estadunidense, deve compor a mesa o representante de Comércio, Robert Lighthizer, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o secretário do Comércio, Wilbur Ross. Da China, o vice-primeiro-ministro cLiu He é o nome escolhido para liderar as conversas que vão acontecer em Washington entre hoje e amanhã.

Na última semana, quando uma equipe econômica norte-americana estava em Pequim tratando do assunto, o presidente Donald Trump declarou que as conversas estavam “indo bem”. Segundo informações da Bloomberg, Trump cogita estender o prazo de primeiro de março por mais 60 dias.

 

Os conflitos comerciais entre a China e os Estados Unidos vêm de longa data, mas se acentuaram, de fato, em abril de 2018. Desde 2006, o então secretário do tesouro dos EUA, Henry Paulson, já batia na tecla da redução do déficit comercial norte-americano com a China. Durante a campanha presidencial de 2016, Trump ameaçou taxar todos os produtos chineses em até 30%. Em abril de 2018, como presidente, Trump cumpriu parcialmente sua promessa: fixou uma taxa de 25% para as exportações de aço e de 10% para o comércio de alumínio com alguns países, entre eles, a China.

Desde então, uma série de sanções comerciais passou a figurar no cotidiano das duas nações, e a China chegou, até mesmo, a recorrer à Organização Mundial do Comércio. Analistas calculam que as tensões comerciais entre os dois países devem frear o crescimento econômico mundial para os próximos anos. Agora, Trump ameaça elevar as tarifas para 200 bilhões de dólares em produtos chineses, aumentando a taxação de 10% para 25%, se não for fechado um acordo até primeiro de março. 

Os investidores estão animados com um novo acordo. A bolsa americana acumula alta de 13% no ano.

Acompanhe tudo sobre:ChinaEstados Unidos (EUA)Exame HojeGuerras comerciais

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo