Economia

China e EUA se reúnem para, espera-se, eliminar tensões comerciais

Pela segunda vez, países vão traçar objetivos para pôr fim aos entraves econômicos que já duram nove meses

Comércio na China: país acertou uma trégua com os EUA durante encontro do G20, em Buenos Aires

Comércio na China: país acertou uma trégua com os EUA durante encontro do G20, em Buenos Aires

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 00h30.

Última atualização em 30 de janeiro de 2019 às 06h40.

Representantes da China e dos Estados Unidos devem se reunir nesta quarta-feira, 30, para uma nova rodada de negociações sobre os conflitos comerciais que os países vêm travando desde abril do último ano.

Hoje, uma delegação enviada por Pequim e comandada pelo vice primeiro-ministro Chinês, Liu He, principal representante comercial da China, deve se reunir com o cabeça do comércio norte-americano, Robert Lighthizer,  e com secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, em Washington.

A reunião desta quarta-feira será o segundo encontro promovido entre os dois países para se chegar a um acordo sobre o impasse comercial de Trump e Xi Jinping. Assim como ocorreu no início do mês de janeiro, a expectativa é que se volte a discutir questões como a abertura do mercado chinês e a propriedade intelectual dos produtos norte-americanos.

Os conflitos comerciais entre a China e os Estados Unidos - que para alguns especialistas podem até mesmo ser chamados de guerra comercial - vem de longa data, mas só se acentuaram, de fato, em abril de 2018.

Desde 2006, o então secretário do tesouro dos EUA, Henry Paulson, já batia na tecla da redução do déficit comercial norte-americano com a China, que devido ao imenso volume de exportações, sempre se saiu mais favorecida na balança comercial.

Resgatando o sentimento de uma balança comercial desfavorável, durante a campanha presidencial de 2016, o então candidato Donald Trump já ameaçava taxar todos os produtos chineses em até 30%. Em abril de 2018, como presidente,

Trump cumpriu parcialmente sua promessa: fixou uma taxa de 25% para as exportações de aço e de 10% para o comércio de alumínio com alguns países, entre eles, a China.

Desde então, uma série de sanções comerciais passou a figurar o cotidiano das duas nações, e a China chegou  a recorrer à Organização Mundial do Comércio contra os entraves econômicos de Trump.

Analistas preveem que as tensões comerciais entre os dois países devem frear o crescimento econômico mundial para os próximos anos.

Após meses de embate, finalmente as duas nações voltam a sinalizar para a normalização do comércio internacional. Em novembro, durante a cúpula do G20, em Buenos Aires, os países assinaram um cessar-fogo.

A reunião desta quarta deve estender a trégua. Ao menos é o resultado pelo qual todos torcem. 

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