Washington: nova rodada de tarifas sobre produtos chineses, prevista para o dia primeiro, foi adiada (Win McNamee/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2019 às 06h53.
Última atualização em 18 de setembro de 2019 às 07h21.
São Paulo — As negociações entre China e Estados Unidos vão voltar à mesa? Nesta quarta-feira o vice-ministro das Finanças chinês, Liao Min, chega a Washington para iniciar as negociações visando um novo encontro entre Donald Trump e Xi Jinping. A agenda detalhada do oficial não foi informada pelo governo chinês.
A última rodada de negociações, em julho, fracassou, o que levou a semanas de tensão para investidores mundo afora. Mas os dois países acenaram para um acordo na semana passada, quando Trump anunciou que um novo lote de impostos, previsto para primeiro de outubro sobre 250 bilhões de dólares em produtos chineses, seria adiado por duas semanas.
As tarifas subiriam de 25% para 30%. O adiamento, segundo o governo americano, é um gesto de boa vontade com a China, uma vez que o dia primeiro marca o aniversário de 70 anos da revolução comunista.
No início de setembro os EUA já haviam aumentado as taxas sobre 110 bilhões de dólares em produtos chineses, e outro lote segue previsto para dezembro. É uma escalada que tem danificado a economia dos dois países, e reduzido as previsões de crescimento global.
A perda de ritmo é vista com especial preocupação pelo governo Trump, uma vez que no fim de 2020 os americanos vão às urnas escolher um novo presidente. Uma economia aquecida e uma “vitória” nas negociações internacionais são tidos como trunfos pelo presidente americano.
Do lado chinês, uma intensa gripe suína que forçou o país a ampliar a importação de carne fez o governo evitar novas tarifas sobre produtos como soja e carne suína dos Estados Unidos.
Uma coisa é certa. A nova visita chinesa é mostra de que Trump estava redondamente equivocado quando disse, no ano passado, que “guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar”.