Economia

China e EUA manterão diálogo sobre questões comerciais

Na sexta-feira, a China advertiu os Estados Unidos de que não tem "medo de uma guerra comercial"

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington. (Leah Millis/Reuters)

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington. (Leah Millis/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de março de 2018 às 10h26.

O principal responsável chinês para a Economia, Liu He, conversou por telefone com o secretário americano do Tesouro, Steven Mnuchin, e os dois concordaram em seguir "se comunicando" sobre as questões comerciais - anunciou a agência Xinhua neste sábado (24).

A conversa revelada pela agência oficial de notícias ocorre no contexto de máxima tensão entre Pequim e Washington, após o presidente americano, Donald Trump, decretar a adoção de impostos sobre importações de produtos chineses, totalizando 60 bilhões de dólares anuais.

Essas taxas futuras apontam para setores, nos quais Washington acusa a China de ter roubado tecnologia americana.

Liu He é um responsável do Partido Comunista Chinês formado na Universidade de Harvard e que alcançou, na segunda-feira, o cargo de vice-primeiro-ministro. É encarregado de supervisionar os setores financeiros e econômicos da China.

Na conversa por telefone de sábado, denunciou que uma investigação dirigida pelos Estados Unidos tenha violado as normas do comércio internacional e garantiu a Mnuchin que Pequim está disposta a se defender, indicou a agência Xinhua.

Em agosto, Washington lançou oficialmente uma investigação sobre as práticas da China no campo da propriedade intelectual e da transferência forçada de tecnologias americanas.

"A China está disposta a defender seus interesses nacionais e espera que ambas as partes continuem sendo racionais e trabalhem juntas para salvaguardar a estabilidade geral das relações econômicas e comerciais entre China e Estados Unidos", declarou Liu, ainda segundo a agência.

Na sexta-feira, a China advertiu os Estados Unidos de que não tem "medo de uma guerra comercial" e ameaçou impor tarifas às importações americanas da ordem de 3 bilhões de dólares.

Além disso, Pequim publicou uma lista de produtos, que vai de fruta a carne de porco, que poderiam ser taxados com tarifas de até 25%. Os chineses disseram, porém, estar dispostos a negociar um acordo.

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